quinta, 02 de julho de 2020
Criada em 1933 por um grupo de médicos, a partir da fusão da Sociedade Paranaense de Medicina, Sociedade Médica dos Hospitais e Sindicato Médico, a Associação Médica do Paraná completa nesta quinta-feira, 2 de julho, 87 anos de fundação. O objetivo daqueles profissionais era constituir uma entidade moderna, coesa e forte, características indispensáveis para enfrentar a conjuntura sociopolítica da época.
Hoje, após mais de oito décadas, a AMP vem mantendo seus princípios norteadores, ampliando a participação da classe médica nos debates nacionais relativos à profissão, defesa da medicina e da saúde da população, além de colaborar de forma relevante para a formação e aprimoramento dos médicos, luta pela ética e respeito ao próximo, cumprindo os propósitos delineados por seus precursores. Está presente em todo o Paraná, com cerca de 20 regionais ativas, que prestam o apoio necessário aos associados das diversas regiões do estado.
O presidente da AMP, Dr. Nerlan Carvalho, faz uma reflexão sobre as atividades e a história da entidade, destacando a contribuição dos diversos dirigentes ao longo dos anos. “A AMP consolida-se, ano após ano, na defesa da classe médica e na sua conduta ética, sem deixar de evoluir, acompanhando as tendências de mercado em direção ao futuro. É uma entidade dinâmica, que está sempre presente e, com isso, participa ativamente dos rumos da medicina em nosso estado”, afirma.
A EduMedica é um exemplo. Lançada em 2018, a plataforma é o braço online da Universidade Corporativa da Associação Médica do Paraná, a Ucamp, e tem proporcionado conhecimento por meio do ensino a distância. Com estúdios próprios de gravação, foi concebida para apoiar a atualização continuada do médico, mas também funciona como uma importante ferramenta para todas as fases da formação, beneficiando estudantes, residentes, especialistas em seus consultórios, em plantões, nos hospitais, nos serviços públicos de atendimento, nos laboratórios e faculdades.
Neste período de enfrentamento à pandemia do coronavírus, como mais uma forma de apoio, já foram produzidos mais de 15 vídeos, com instruções e esclarecimentos sobre temas como a importância do uso de máscaras, confinamento e saúde mental, atendimento durante a pandemia, equipamentos de proteção, métodos diagnósticos e dicas de prevenção, entre outros, com a participação de epidemiologistas, infectologistas e profissionais de diversas especialidades.
No combate a esse inimigo invisível, a AMP não tem medido esforços para colaborar com a classe médica e a sociedade. Em encontros diários do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública da Secretaria de Estado da Saúde, participa da elaboração de Notas Técnicas orientativas e acompanha a evolução do quadro no estado, emissão de boletins epidemiológicos, e o estabelecimento das diretrizes e medidas de controle, alinhadas com o Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e sociedades de especialidade.
Entre as muitas outras ações da AMP, destacam-se a atuação como fundadora do Instituto Brasil de Medicina (IBDM), que vem dando suporte à Frente Parlamentar da Medicina e garantindo voz ativa à classe médica nos temas relacionados ao segmento da saúde, e a ampliação do Sinam.
O Sistema Nacional de Atendimento Médico, que surgiu como uma alternativa acessível pela população aos especialistas em diversas áreas da medicina, voltada a todos aqueles que não têm possibilidade de pagar um plano de saúde e não querem depender do SUS, hoje está presente em todo o Paraná e mais três estados, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e, recentemente, Mato Grosso do Sul. Por meio do Web Center Sinam, que é sustentado por uma avançada plataforma digital e pode ser acessado a partir de diversos dispositivos, como computadores, tablets e smartphones, oferece segurança em todos os níveis de relacionamento: com os médicos, os usuários e as organizações do mundo corporativo.
Como uma grande contribuição à cultura, a AMP presenteou o Paraná, em 2019, com o seu primeiro Museu da História da Medicina, em parceria com a Santa Casa de Misericórdia, o primeiro hospital de Curitiba, inaugurado em 1880 por Dom Pedro II. O espaço concretizou um antigo sonho da entidade, de tornar acessível à sociedade o valioso acervo que coletou e catalogou durante as últimas cinco décadas, agora exposto na Santa Casa.
Aos associados, são garantidos muitos benefícios, como o AMP Prev, um produto exclusivo com o objetivo de atendê-los nas suas necessidades de segurança financeira, como uma aposentadoria a longo prazo, renda para o caso de invalidez ou pensão aos seus beneficiários, além de convênios, ações culturais e iniciativas nas áreas social, científica e profissional. A entidade também dispõe de um completo centro de eventos, com auditórios e salas de aula, cuja estrutura foi ampliada recentemente, ganhando uma nova área para exposições e recepções.
Todas as informações são disponibilizados por meio do site e demais canais de divulgação, como Facebook e WhatsApp. A AMP possui, ainda, três publicações impressas: o JAMP, que traz bimestralmente as notícias relevantes aos associados; a revista Medicina & Cia, que a cada número aborda os principais assuntos de uma determinada especialidade, prestando um importante serviço de saúde, e a Revista Médica do Paraná, editada duas vezes por ano, que vem colaborando há várias décadas para o aprimoramento científico em diversas especialidades, clínicas e cirúrgicas, e cujo conteúdo fica disponível para consulta pela comunidade acadêmica mundial, por meio da base de dados Lilacs, o mais abrangente índice da literatura científica e técnica da América Latina e Caribe.
Anualmente, a AMP, por meio da Ucamp, também realiza o Exame AMP, hoje considerado o mais tradicional concurso de residência médica do estado, atraindo candidatos de todo o Brasil.
“Nesta data festiva, procuramos ter a consciência de que honramos e seguiremos honrando aqueles que nos antecederam. A Associação Médica do Paraná tem compromisso com o futuro, com a inovação, com o bem-estar do médico, a saúde da coletividade e o progresso da sociedade”, conclui Dr. Nerlan Carvalho.