A Associação Médica do Paraná, representada pelo presidente, Dr. Nerlan Carvalho, participou, em Porto Alegre (RS), da reunião de diretoria plena e Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB). No encontro, realizado na última sexta-feira (15), na sede da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), com a presença das federadas e sociedades de especialidades, foram debatidos temas como as diretrizes médicas baseadas em evidências científicas e a carreira médica de Estado, entre outros de interesse da classe médica.

A mesa foi composta pelo presidente e o secretário-geral da AMB, Drs. Lincoln Lopes Ferreira e Antônio Salomão, respectivamente; pelo presidente da Amrigs, Dr. Alfredo Floro Cantalice Neto, e pelo presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), Dr. Eduardo Trindade. Na abertura, foi realizada uma exibição das atrações turísticas da cidade de Porto Alegre e, ainda durante a manhã, os presidentes das federadas e das sociedades de especialidades apresentaram demandas e estratégias de fortalecimento de cada uma e trouxeram diversos assuntos, entre eles a telemedicina, a defesa profissional e o cenário econômico, além da preocupação com a invasão de serviços que deveriam ser executados exclusivamente por médicos e, hoje, são feitos por profissionais de diversas áreas.

O Dr. Nerlan Carvalho falou aos presentes sobre a inauguração do Museu da História da Medicina do Paraná, ocorrida no dia 28 de janeiro e já com grande número de visitas, e os benefícios do AMP Prev, um produto oferecido aos médicos associados para a garantia de um futuro tranquilo. Os dirigentes da AMB informaram que devem vir a Curitiba para conhecer o novo espaço cultural.

A reunião também contou com a presença da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, que apresentou o cenário recebido do governo anterior, a exemplo do programa Mais Médicos, que levou profissionais a lugares onde não era preciso, e acrescentou os objetivos da nova gestão quanto à carreira de médico de Estado. Abordou, ainda, sobre a abertura indiscriminada de escolas de medicina e citou a preocupação com cursos na área da saúde, como de enfermagem e fisioterapia, com carga horária total à distância. Afirmou que uma das funções da secretaria é mediar conflitos entre cursos no segmento e adiantou que será dado andamento às demandas apresentadas no encontro.

O presidente da AMB enalteceu a presença da representante do governo federal a afirmou que o país só tem a ganhar com as propostas que estão sendo formuladas. Falou também aos participantes sobre a necessidade da criação de uma lei que torne a CBHPM o referencial de valores do trabalho médico, como ocorre com a OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil.

Também presente à reunião, o presidente eleito da World Medical Association, Dr. Miguel Roberto Jorge, que é membro da diretoria da AMB, agradeceu o apoio recebido da entidade na eleição da WMA, realizada em outubro, na Islândia, quando foi escolhido no primeiro turno, com maioria expressiva dos votos, e contou que vem trabalhando para dar ênfase à relação médico-paciente. Na sua avaliação, em consonância com o entendimento das entidades médicas nacionais, a telemedicina deve ser melhor estudada. A WMA é composta por associações médicas de 113 países e representa mais de 10 milhões de profissionais da área, produzindo orientações relacionadas ao trabalho dos médicos para todo o mundo. Trazer eventos internacionais para o Brasil está entre as propostas do novo dirigente.

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