A Unimed Curitiba elege, em março, sua nova diretoria. Duas chapas disputam a preferência dos médicos para comandar a cooperativa pelos próximos quatro anos. No mês de fevereiro, a diretoria da Associação Médica do Paraná recebeu as duas chapas em sua sede para ouvir suas propostas e apresentar as expectativas da AMP em relação à cooperativa.
Apesar de compreender que a Unimed tem um regime diferenciado, por ser uma cooperativa de médicos e não uma empresa contratante de serviços médicos, a AMP enxerga a cooperativa como um balizador do mercado da saúde suplementar: e a maior operadora da cidade, a que agrega mais profissionais e, como baseia-se numa relação de médico para médico, acaba estabelecendo os parâmetros aceitáveis de remuneração e relação profissional.
Assim, a diretoria da AMP expôs às duas chapas concorrentes que, como órgão de defesa da classe médica, cobrará da Unimed Curitiba a constante busca da valorização profissional, com reajustes dos valores pagos por consulta e procedimentos acima da inflação até que se atinja a plenitude dos valores preconizados pelo Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), o diálogo permanente com a entidade e a oferta de condições adequadas de trabalho.
“Somos uma entidade apolítica. Estaremos neutros neste processo, mas compreendemos a importância da Unimed Curitiba para a classe médica paranaense. Então, defendendo os interesses dos nossos associados, recebemos as duas chapas, ouvimos seus posicionamentos e expusemos o que a classe médica e a AMP espera da cooperativa dos médicos”, explicou o presidente da AMP, Nerlan Carvalho.
A AMP também recomenda a seus associados cooperados que compareçam na assembleia eleitoral para participar da escolha da nova diretoria que dirigirá a cooperativa nos próximos anos, legitimando a eleição com o maior quórum possível e envolvendo-se no processo a ponto de conhecer os candidatos e poder cobrá-los posteriormente.