Ao entender que é necessária uma redução dos impostos, como no caso dos combustíveis no Brasil, a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Associação Médica do Paraná (AMP) compreendem as pautas reivindicadas pela greve dos caminhoneiros. Esse entendimento e solidariedade acerca do tema se deve ao fato de as associações concordarem que o preço do combustível afeta praticamente todos os produtos e serviços já altamente impactados pela enorme carga tributária em todos os segmentos do mercado.
 
As associações, no entanto, expressam sua preocupação com a manutenção do atendimento dos serviços de saúde, especialmente os de urgência, ao considerar que o sistema já conta com inúmeras deficiências. O fato de no Brasil o transporte de carga ser realizado essencialmente na malha terrestre faz com que, se não houver bom senso, a entrega de oxigênio, medicamentos, alimentação para hospitais, combustíveis para ambulância e demais suprimentos seja altamente impactada.
 
A AMB e a AMP não questionam os motivos da paralisação, mas solicitam a compreensão dos manifestantes para que itens fundamentais à manutenção do atendimento de urgência e emergência sejam liberados nas rodovias permitindo assim o atendimento à população. "Vamos buscar no passado. Muitas cirurgias já foram canceladas não por causa da greve e do abastecimento, mas sim por falta de estrutura. Não é de hoje, é reflexo dos últimos 14 anos de um governo que sucateou o sistema público de saúde. Não foram esses cinco dias, o sistema já vem sucateado há anos devido à má administração dos governantes", opina Dr. Nerlan Carvalho, presidente da AMP. 

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