Mais um Dezembro Laranja, campanha do câncer de pele, é realizado. Este ano, crianças e adolescentes são porta-vozes para abordar o tema de forma didática e descomplicada, mostrando a importância de não subestimar a doença e de levar em consideração medidas de fotoproteção desde a infância. E para liderar e colorir o Brasil e o mundo de #DezembroLaranja, a campanha desse ano tem como embaixadores os irmãos e influenciadores digitais Maria Clara e JP, líderes de audiência no YouTube infantil do Brasil. Com 23 milhões de inscritos no canal, a dupla embarcou na campanha do #CancerdePele junto com a SBD para convidar toda a criançada, os adolescentes e os adultos a conscientizarem suas famílias, amigos e seguidores das redes sociais sobre os riscos da doença, como preveni-la, fatores de risco e tratamentos disponíveis.

O diagnóstico precoce pode permitir o tratamento de forma eficaz e proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente.

Com os slogans “Câncer de pele é coisa séria!”, “Um pequeno sinal pode ser câncer de pele!”, “Uma ferida pode ser câncer de pele!” e “Uma mancha pode ser câncer de pele!”, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ajudará a chamar a atenção para a gravidade da doença, que pode acometer qualquer região do corpo, inclusive a palma das mãos, planta dos pés, unhas, genitais e couro cabeludo.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020 os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (não melanoma) responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem 8,4 mil casos novos anualmente. “Os números de incidência do câncer de pele são maiores do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago. Na campanha deste ano, queremos compartilhar conteúdo que seja útil às pessoas, de acordo com as peculiaridades e necessidades de cada uma, para isso contaremos com a participação e o engajamento dos médicos dermatologistas, que também fazem a diferença na hora de passar a informação segura”, afirma Dr. Sérgio Palma, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A campanha de 2020 destaca ainda que os hábitos de exposição solar na infância são capazes de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, é importante que os pequenos tenham conhecimento, desde cedo, da necessidade de cuidar da pele a partir de hábitos de fotoproteção, que incluem usar de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus, preferir a sombra, evitar a exposição solar entre 9h e 15h e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.

A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele. Segundo o coordenador do Dezembro Laranja, Dr. Elimar Gomes, “qualquer um de nós pode desenvolver um câncer de pele, porém existem pessoas mais propensas como as de pele, cabelos e olhos claros; indivíduos com histórico familiar de câncer de pele; múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados.

Estas pessoas precisam de um cuidado a mais com a pele e de avaliação frequente de um médico dermatologista”, frisa o especialista.

É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam pois podem revelar o câncer de pele. “O autoexame frequente facilita o diagnóstico e tratamento precoces. Ao notar algum dos sintomas, procure um médico especialista em dermatologia da SBD”, orienta Dr. Elimar Gomes.

A coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, Dra. Jade Cury Martins, dá outras dicas de diagnóstico e prevenção ao câncer de pele: “É importante que se examine familiares, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões em que não é possível reconhecer sozinho. Além disso, sempre que for necessário se expor ao sol, não esqueça de proteger as áreas descobertas do corpo, mesmo em dias frios e nublados”. E lembre-se: o autoexame não substitui a ida ao médico dermatologista.

Há sete anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza o Dezembro Laranja e convoca a população a apoiar a causa. Conversar com seus filhos, sobrinhos, netos, crianças e adolescentes sobre medidas para evitar exposição solar desprotegida e prevenir as queimaduras solares na infância é essencial para a prevenção da doença no futuro. “É na infância que os conceitos da vida são fixados.

Ensine-os a se prevenir dos danos solares desde cedo e, quando adultos, manterão os mesmos hábitos, evitando um possível surgimento da doença”, enfatiza Dr. Sergio Palma.

Sobre o câncer da pele

Este tipo de câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele.
Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.
 
Saiba mais sobre os tipos de câncer de pele mais comuns

Carcinoma basocelular - É o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Se manifestam por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade.

Carcinoma espinocelular – É o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Geralmente causam dor e possuem sangramentos.

Câncer de pele melanoma – Apesar de corresponder apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave pois pode provocar metástase rapidamente – espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano – e levar à morte. É conhecido pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato rápido. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.

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