O Paraná passou a contar com um hospital completamente voltado para o tratamento do coronavírus. Por determinação da Secretaria de Estado da Saúde, o Centro Hospitalar de Reabilitação do Paraná, em Curitiba, funcionará a partir desta segunda-feira (30), exclusivamente para o combate à Covid-19.
 
O espaço foi esvaziado no fim de semana, com a alta dos últimos pacientes internados para algum tipo de reabilitação. O local conta atualmente com dez leitos de UTI. Outros 28 quartos de enfermaria estão sendo transformados em áreas de terapia intensiva, com previsão de funcionamento total até a próxima segunda-feira (6).
 
Além disso, possui 40 leitos para isolamento, todos equipados com aparelhos respiratórios. Já há um paciente internado por causa do coronavírus.
 
“É uma medida que reforça a preocupação do governo do estado em oferecer o melhor tratamento possível para as pessoas. A exclusividade nos permite concentrar esforços e treinar pessoas com dedicação integral no enfrentamento ao Covid-19”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
 
Na última quinta-feira (26), o governador  apresentou toda a estrutura disponível no Paraná para garantir atendimento a pacientes que precisem de suporte médico-hospitalar por causa da Covid-19. O quadro mostrou que todas as regiões paranaenses estão atendidas.
 
Excelência
 
O Centro de Reabilitação integra o Complexo Hospitalar do Trabalhador, união de quatro unidades de saúde, para funcionar como um centro de excelência para atender urgência e emergência de trauma e reabilitação.
 
Vantagens
 
O diretor-geral do Complexo Hospital do Trabalhador, Geci Labres Souza Júnior, destacou outras vantagens de ter um espaço completamente voltado para o tratamento do coronavírus. “Concentramos equipamentos e material de proteção individual (EPI’s). Além disso, os profissionais da saúde podem se especializar nos cuidados à patologia”, avaliou.
 
Ele lembrou, ainda, que o Hospital do Trabalhador, em Curitiba, também dedica uma ala ao tratamento do Covid-19. Segundo Geci Labres, são 22 leitos de UTI e outros 17 de isolamento no espaço.
 
Alerta
 
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, faz um alerta à população. Ele reforçou que a pessoa que estiver com algum sintoma mais grave da doença, como falta de ar, por exemplo, não deve procurar imediatamente o Centro Hospitalar de Reabilitação.
 
O caminho, ressaltou o secretário, é acionar uma unidade básica de saúde ou de pronto atendimento. São esses locais que farão o encaminhamento se houver necessidade. “Até por uma questão de segurança, para evitar contaminação e a circulação do vírus, devemos respeitar todos os procedimentos”, afirmou.
 
O secretário enfatiza as medidas de prevenção da doença: lavar as mãos várias vezes com água e sabão ou utilizar álcool gel, lavar os pulsos, entre os dedos e embaixo das unhas; limpar os objetos mais manuseados com álcool, manter os ambientes sempre ventilados e arejados, ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o braço ou com um lenço descartável.
 
Além disso, segundo ele, o isolamento social é essencial para evitar a disseminação do vírus. “A Secretaria da Saúde, alinhada com o governo do estado, reforça que o isolamento social é importante para evitarmos a contaminação de mais pessoas”, disse.
 
Complexo
 
O Complexo Hospitalar do Trabalhador reúne quatro unidades de saúde. O Hospital do Trabalhador, que já tem padrão de excelência e é referência para todo o Paraná, incorporou o Centro Hospitalar de Reabilitação (CHR), o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio Palatal (Caif) e o Centro Regional de Especialidades Kennedy (CRE), que está sendo transformado em Ambulatório Médico de Especialidades (AME), num investimento de R$ 8 milhões. No total, o Complexo do Trabalhador terá 382 leitos e 80 leitos de UTI.
 
Estrutura hospitalar
 
O quadro apresentado pelo governador Ratinho Junior e o secretário da Saúde, Beto Preto, na semana passada, mostrou que todas as regiões do estado estão atendidas com estrutura para suporte médico-hospitalar a pacientes da Covid-19.
 
O governador destacou a ativação, pela Secretaria da Saúde, de mais 317 leitos de UTI e 731 leitos de enfermaria em hospitais de todo o estado. A estrutura estará disponível nos primeiros dias de abril e se somará aos 3.603 leitos de atendimento especializado (públicos e particulares) já existentes em 60 hospitais espalhados pelo Paraná, sendo nove deles unidades de referência e 51 de retaguarda.
 
Segundo o secretário Beto Preto, caso o quadro epidemiológico exija novas medidas, o estado tem condições para mais contratações nos próximos 90 dias. O número de novos leitos de UTI pode saltar para 680, além de 1.611 novos leitos de enfermaria.
 
Cenários
 
A Secretaria da Saúde montou três cenários para estruturar ainda melhor a rede de atendimento hospitalar no estado. Eles levam em consideração o número dos casos e as avaliações diárias dos técnicos das redes estadual e municipal.
 
A primeira ação é imediata e prevê contratação de 317 leitos de UTI (adulto) e 731 leitos de enfermaria em até dez dias. Serão utilizados 22 hospitais de referência nas macrorregiões que atendem todo o estado.
 
A segunda etapa, considerando um aumento nos casos, pode ser ativada em até 45 dias e prevê mais 188 novos leitos de UTI e 450 novos leitos de enfermaria, para atender municípios menores.
 
A terceira trata de um cenário pessimista e pode começar em até 90 dias com mais 180 leitos de UTI e 430 novos leitos de enfermaria. Apenas entre leitos de UTI para adultos pode haver aumento de mais da metade dos 1.315 existentes do estado. 





Fonte: Sesa

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