O Conselho Deliberativo da Associação Médica do Paraná reuniu-se no último sábado, 30 de novembro, em Foz do Iguaçu. Do encontro participaram integrantes da diretoria e presidentes das regionais da entidade, que apresentaram as ações realizadas ao longo de 2019 e debateram as prioridades e metas para 2020.

Após as boas-vindas aos presentes, o presidente da AMP, Dr. Nerlan Carvalho, destacou, entre as iniciativas, o apoio às regionais no desenvolvimento do Sistema Nacional de Atendimento Médico, o Sinam, e o acompanhamento e participação nos debates, em Brasília, dos assuntos relacionados à saúde e à classe médica, por meio do Instituto Brasil de Medicina (IBDM) e da Frente Parlamentar da Medicina.

Novidades do AMP Prev também fizeram parte da pauta. O advogado Fabiano Sponholz Araujo, diretor superintendente da Sul Previdência, que administra o produto, informou sobre a aprovação, pela empresa, do oferecimento de empréstimo garantido, cujo valor poderá ser de até 50% do total aplicado. Falou, ainda, a respeito de incorporação em andamento que resultará em aporte de capital de R$ 100 milhões, permitindo reduzir a atual taxa de administração, que é de 0,8%, para 0,45%, uma das mais atrativas do mercado. O valor a ser gerenciado aumentará para R$ 112 milhões.

Outra informação importante e bastante positiva para os associados, e aqueles que associarem-se até o dia 20 de fevereiro do ano que vem, é uma ação coletiva que será ajuizada pela AMP, buscando a restituição, pela União, de valores retidos indevidamente a título de contribuição previdenciária dos médicos cooperados paranaenses. O montante para cada um pode chegar a R$ 15 mil. O trabalho será desenvolvido em conjunto com renomado escritório do Paraná, sem custo para os membros do quadro associativo e novos sócios até a data limite estabelecida. Após, somente será possível por meio de demanda individual, mediante pagamento de honorários diretamente ao escritório contratado.

Exame AMP

O presidente da Ucamp, Dr. José Fernando Macedo, expôs aos presentes dados do Exame AMP, realizado em novembro pelo 18º ano consecutivo, com crescimento. Participaram 24 Coordenadorias de Residência Médica (Coremes) e o objetivo é ampliar para outras localidades, inclusive além do Paraná. No total, foram 1.759 inscritos. Também relatou os progressos obtidos na plataforma EduMedica, o braço online da Ucamp.

Regionais

A presidente da Associação Médica de Londrina, Beatriz Emi Tamura, iniciou as explanações das regionais da AMP, relatando os avanços do Sinam em 2019 no seu município. Ressaltou a importância das ações de divulgação e marketing, da utilização dos recursos tecnológicos existentes, incluindo aplicativos e redes sociais, além de consultorias de capacitação e acompanhamento pela central do sistema em Curitiba.

Na sequência, o presidente da Associação Médica de Francisco Beltrão, Dr. Gustavo Vicenzi, informou que na sua região foi feita divulgação em redes sociais e eventos científicos, como jornadas médicas, com participação de acadêmicos. As ações foram desenvolvidas com a parceria de empresas e laboratórios. Segundo ele, 50 médicos aderiram ao Sinam, além de uma rede de serviços, incluindo hospitais, clínicas e farmácias. Também foi realizada capacitação de secretárias e inaugurada a nova sede da entidade. O número de associados subiu 250%, de 20 para 70.

Presidente da Sociedade Médica de Maringá, o Dr. Kazumichi Koga relatou que a rede do Sinam está sendo estruturado na cidade e opinou que o sistema está bem situado dentro do cenário atual.

O Dr. Jorge Luiz dos Santos, presidente da Associação Médica de Cascavel, afirmou que a entidade passou por etapas nos últimos dois anos, que incluíram a revitalização da sede e reposicionamento junto à sociedade local. De acordo com ele, o objetivo é finalizar sua gestão sem déficits financeiros e com o Sinam plenamente ativo.

Ações que incluíram melhoria e ampliação da sede, com muitas atividades sociais, foram informadas pela presidente da Associação Médica de Toledo, Dra. Claires Worman. Ela fez um balanço dos dez anos do Sinam na região, demonstrando que houve estabilização, com uma rede médica e de serviços bem estruturada, contando, hoje, com mais de 7 mil usuários.  Sugeriu novas ações de divulgação.

O presidente da Associação Médica de Ponta Grossa e vice-presidente Sul da AMP, Dr. Gilmar Alves do Nascimento, afirmou que houve necessidade de repensar o projeto da nova sede da entidade, devido ao mercado imobiliário da região. Registrou a realização recente do evento Dia da Família, com sucesso, e disse que está buscando a ampliação da rede de assistência do Sinam, solicitando apoio nas ações de marketing.

Selo Sinam

O assessor de marketing da AMP, Reinaldo Martinazzo, ressaltou que os instrumentos administrativos e de controle do sistema devem ser únicos e utilizados por todas as regionais, alertando que 30% dos usuários não usam o sistema eletrônico para agendar suas consultas. Salientou que qualquer dificuldade pode ser resolvida e que é necessário um trabalho individual com os médicos das várias cidades.

Na reunião também foi aprovada a adoção do Selo Sinam como marca característica da rede de assistência e qualidade AMP, o que evidenciará esse diferencial ao usuário, uma proteção concreta para sua saúde.

Interlocução

O presidente da AMP, Dr. Nerlan Carvalho, ressaltou a importância das regionais ocuparem um espaço junto aos meios de comunicação e a sociedade como interlocutoras nos assuntos referentes à saúde e a profissão médica.

Informou, ainda, sobre Assembleia de Delegados da AMB, realizada em Belo Horizonte (MG), quando foi rejeitado o novo regimento eleitoral para pleito a ser realizado no ano que vem. A AMP  e representantes de outras federadas chamaram a atenção para a falta de tempo para uma análise mais detalhada do documento, pois somente o receberam, via email, poucas horas antes, restando questionamentos, especialmente no aspecto jurídico.  

Já a prestação de contas de 2018 foi aprovada, mas com uma margem bastante estreita, de apenas dois votos, o que demonstra também dúvidas a respeito. A AMP, assim como a Associação Paulista de Medicina (APM),  votaram contrariamente, solicitando o saneamento de algumas questões levantadas, como discrepância em valores e desvios em gestões anteriores apontados por auditoria

Carta de Foz do Iguaçu

Ao final, foi aprovada e emitida a Carta de Foz do Iguaçu, na qual os integrantes da diretoria da AMP e representantes das regionais da entidade posicionaram-se quanto aos rumos do exercício profissional da medicina no país, externando preocupação. O documento público já foi encaminhado a todos os deputados e senadores paranaenses no Congresso Nacional.

(Leia aqui a íntegra do documento: http://www.amp.org.br/site/novidade/amp-e-regionais-emitem-carta-aberta-em-defesa-do-exerc-cio-profissional-do-m-dico-no-brasil)

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