sexta, 24 de maio de 2024
O auditório do andar térreo da Associação Médica do Paraná ficou lotado, na noite desta quinta-feira (23), para o workshop “Construção da Visão de Futuro”. O evento, que contou com a participação de presidentes e integrantes do corpo diretivo das sociedades de especialidade, diretores clínicos dos hospitais da capital e região metropolitana, além de representantes das Comissões de Residência Médica (Coremes), residentes e acadêmicos, faz parte de um planejamento estratégico da AMP rumo a 2033, quando a entidade completará 100 anos de fundação.
O objetivo é maximizar a geração de valor para a classe médica e para a sociedade, contribuindo de forma relevante nas temáticas que trazem impacto na atuação médica e na defesa da saúde. Para isso, a AMP está ouvindo os médicos em todo o Paraná, coletando dados e informações sobre suas necessidades e também sugestões, que servirão de base para ações e projetos ao longo da próxima década.
Este foi o sexto workshop, que já foi realizado em Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Toledo e Francisco Beltrão, abrangendo as regiões Noroeste, Norte, Central, Sudoeste e Sul do Estado, com grande repercussão.
O evento foi aberto pelo presidente da AMP, Dr. José Fernando Macedo, acompanhado do vice-presidente, Dr. Luiz Antônio Munhoz da Cunha; o secretário-geral, Dr. Nerlan Carvalho; o 1º secretário, Dr. Nicolau Gregori Czeczko; o 1º tesoureiro, Dr. Gilberto Pascolat; a coordenadora de Defesa Profissional, Dra. Viviana Lemke; o diretor de Comunicação Social, Dr. Osvaldo Malafaia; o diretor de Patrimônio, Dr. Luiz Renato Carazzai, e a Dra. Cristiane Ballarotte, da Diretoria Social.
Ele destacou acreditar na força da categoria médica e a importância de que os médicos tenham a sensação de pertencimento em relação à Associação Médica, informando que esse projeto pretende atender aos profissionais de todas as gerações, dos mais jovens aos mais experientes.
O economista Julio Cezar Agostini, conselheiro empresarial contratado pela AMP para coordenar este processo, com experiência como diretor técnico e também de operações do Sebrae por 15 anos, salientou que o planejamento vai impactar diretamente na vida do médico. “A AMP quer estar preparada para dar suporte ao médico nos diversos estágios da profissão”, afirmou. Após esta fase, indicou, será possível um diagnóstico estratégico para a definição de ações de curto, médico e longo prazos, metas, valores e resultados.
O Dr. Eugênio Mussak, médico fisiologista e especialista em saúde corporativa e desenvolvimento de recursos humanos, fez uma apresentação, em seguida, na qual evidenciou que o planejamento estratégico é uma ferramenta administrativa, cujo propósito é conciliar a realidade presente e o futuro desejado.
Grupos de debate
Após a explanação, os médicos presentes foram divididos em grupos, em salas preparadas para esta finalidade, e responderam perguntas sobre a AMP e também a respeito dos problemas que a classe médica enfrenta hoje e o que terá que superar até 2033.
As principais dificuldades apontadas pelos mais de 100 médicos presentes, assim como os desafios para a profissão, estão relacionadas à:
Qualidade da formação do médico;
Abertura indiscriminada de escolas médicas;
Falta de teste de competências médicas mínimas para o exercício da profissão;
Remuneração médica;
Invasão do ato médico;
Falta de apoio do poder público;
Honorários e contratos de trabalho médico;
Judicialização da medicina;
Interferência político-ideológica nos órgãos regulamentadores que envolvem a medicina;
Interferência da indústria de medicamentos na prática médica;
Baixo orçamento público para o sistema de saúde;
Pequena representatividade médica nas políticas de saúde;
Escassez de programas de educação continuada de qualidade e para formação de especialistas;
Boom de médicos e de mídias sociais;
Inteligência artificial;
Coeficiente de honorários;
Estabilidade profissional;
Segurança jurídica e trabalhista;
Valorização da residência médica e do título de especialista, e
relação com os convênios, entre outros.
Sugestões para fortalecer o associativismo
Como fatores positivos em relação à relevância da Associação Médica do Paraná, grupos de participantes apontaram o Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam), a assessoria jurídica oferecida aos médicos associados, o AMPPrev (plano de previdência), a prova de residência médica (Exame AMP), a sede física para a realização de congressos e eventos, plano de saúde com parcerias e atuação como um fórum de representação da classe médica do Estado.
Como sugestões para fortalecer o associativismo pontuaram a oferta, pela entidade, de cursos de gestão e carreira profissional (gerência de consultório e mercado de trabalho), a realização de campanha de divulgação da AMP, especialmente aos acadêmicos de medicina e médicos mais jovens; defesa profissional, formação de comissões de jovens médicos junto à diretoria; orientação sobre marketing em redes sociais para médicos, apoio aos profissionais em tecnologia e ciência, integração cultural, profissional e científica entre a sociedade médica e a sociedade civil; rede de apoio e orientação (mentoria), investimento em qualificação profissional para o médico (intercâmbio), aproximação das sociedades de especialidade, atuação na promoção e prevenção da saúde dos médicos, e agregação de valor na educação médica continuada, entre diversos outros.
Etapas e censo médico
Além dos workshops, integram o planejamento estratégico uma série de videocasts, cinco deles já realizados; a elaboração de mapa estratégico e de pré-projetos e a apresentação final do programa. Paralelamente a estas fases, que totalizam dez, um censo será realizado pela AMP, para identificar os médicos paranaenses, sua idade, ano de formatura e especialidade, o que será fundamental para o atendimento de suas demandas.
O objetivo é maximizar a geração de valor para a classe médica e para a sociedade, contribuindo de forma relevante nas temáticas que trazem impacto na atuação médica e na defesa da saúde. Para isso, a AMP está ouvindo os médicos em todo o Paraná, coletando dados e informações sobre suas necessidades e também sugestões, que servirão de base para ações e projetos ao longo da próxima década.
Este foi o sexto workshop, que já foi realizado em Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Toledo e Francisco Beltrão, abrangendo as regiões Noroeste, Norte, Central, Sudoeste e Sul do Estado, com grande repercussão.
O evento foi aberto pelo presidente da AMP, Dr. José Fernando Macedo, acompanhado do vice-presidente, Dr. Luiz Antônio Munhoz da Cunha; o secretário-geral, Dr. Nerlan Carvalho; o 1º secretário, Dr. Nicolau Gregori Czeczko; o 1º tesoureiro, Dr. Gilberto Pascolat; a coordenadora de Defesa Profissional, Dra. Viviana Lemke; o diretor de Comunicação Social, Dr. Osvaldo Malafaia; o diretor de Patrimônio, Dr. Luiz Renato Carazzai, e a Dra. Cristiane Ballarotte, da Diretoria Social.
Ele destacou acreditar na força da categoria médica e a importância de que os médicos tenham a sensação de pertencimento em relação à Associação Médica, informando que esse projeto pretende atender aos profissionais de todas as gerações, dos mais jovens aos mais experientes.
O economista Julio Cezar Agostini, conselheiro empresarial contratado pela AMP para coordenar este processo, com experiência como diretor técnico e também de operações do Sebrae por 15 anos, salientou que o planejamento vai impactar diretamente na vida do médico. “A AMP quer estar preparada para dar suporte ao médico nos diversos estágios da profissão”, afirmou. Após esta fase, indicou, será possível um diagnóstico estratégico para a definição de ações de curto, médico e longo prazos, metas, valores e resultados.
O Dr. Eugênio Mussak, médico fisiologista e especialista em saúde corporativa e desenvolvimento de recursos humanos, fez uma apresentação, em seguida, na qual evidenciou que o planejamento estratégico é uma ferramenta administrativa, cujo propósito é conciliar a realidade presente e o futuro desejado.
Grupos de debate
Após a explanação, os médicos presentes foram divididos em grupos, em salas preparadas para esta finalidade, e responderam perguntas sobre a AMP e também a respeito dos problemas que a classe médica enfrenta hoje e o que terá que superar até 2033.
As principais dificuldades apontadas pelos mais de 100 médicos presentes, assim como os desafios para a profissão, estão relacionadas à:
Qualidade da formação do médico;
Abertura indiscriminada de escolas médicas;
Falta de teste de competências médicas mínimas para o exercício da profissão;
Remuneração médica;
Invasão do ato médico;
Falta de apoio do poder público;
Honorários e contratos de trabalho médico;
Judicialização da medicina;
Interferência político-ideológica nos órgãos regulamentadores que envolvem a medicina;
Interferência da indústria de medicamentos na prática médica;
Baixo orçamento público para o sistema de saúde;
Pequena representatividade médica nas políticas de saúde;
Escassez de programas de educação continuada de qualidade e para formação de especialistas;
Boom de médicos e de mídias sociais;
Inteligência artificial;
Coeficiente de honorários;
Estabilidade profissional;
Segurança jurídica e trabalhista;
Valorização da residência médica e do título de especialista, e
relação com os convênios, entre outros.
Sugestões para fortalecer o associativismo
Como fatores positivos em relação à relevância da Associação Médica do Paraná, grupos de participantes apontaram o Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam), a assessoria jurídica oferecida aos médicos associados, o AMPPrev (plano de previdência), a prova de residência médica (Exame AMP), a sede física para a realização de congressos e eventos, plano de saúde com parcerias e atuação como um fórum de representação da classe médica do Estado.
Como sugestões para fortalecer o associativismo pontuaram a oferta, pela entidade, de cursos de gestão e carreira profissional (gerência de consultório e mercado de trabalho), a realização de campanha de divulgação da AMP, especialmente aos acadêmicos de medicina e médicos mais jovens; defesa profissional, formação de comissões de jovens médicos junto à diretoria; orientação sobre marketing em redes sociais para médicos, apoio aos profissionais em tecnologia e ciência, integração cultural, profissional e científica entre a sociedade médica e a sociedade civil; rede de apoio e orientação (mentoria), investimento em qualificação profissional para o médico (intercâmbio), aproximação das sociedades de especialidade, atuação na promoção e prevenção da saúde dos médicos, e agregação de valor na educação médica continuada, entre diversos outros.
Etapas e censo médico
Além dos workshops, integram o planejamento estratégico uma série de videocasts, cinco deles já realizados; a elaboração de mapa estratégico e de pré-projetos e a apresentação final do programa. Paralelamente a estas fases, que totalizam dez, um censo será realizado pela AMP, para identificar os médicos paranaenses, sua idade, ano de formatura e especialidade, o que será fundamental para o atendimento de suas demandas.