A Associação Médica do Paraná participou nesta quarta-feira (13), em Brasília, de reunião do Instituto Brasil de Medicina com a presença do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e deputados eleitos e reeleitos que integrarão a Frente Parlamentar da Medicina nesta Legislatura. Uma das fundadoras do IBDM, lançado oficialmente na sede da entidade, em Curitiba, no ano passado, a AMP foi representada pelo presidente, Dr. Nerlan Carvalho, e o delegado junto à AMB, Dr. Jurandir Marcondes Ribas Filho. No encontro, foi empossado o médico Hiran Gonçalves, deputado federal pelo estado de Roraima, como presidente da Frente, e debatidos temas relativos às necessidades do país na área da saúde, entre eles a carreira médica de Estado.
 
O ministro fez um relato detalhado do setor e informou que o organograma está sendo revisto, citando a criação, pela primeira vez, da Secretaria Nacional de Atenção Básica. No seu entendimento, o sistema só se reorganiza através da atenção básica, onde se trava a primeira luta da trincheira. “Não vamos deixar ocorrer desassistência. Utilizaremos o mesmo instrumento, mas, em paralelo, prepara-se um caminho estruturante. Não é possível que um país continental, que quer ter um sistema de saúde universal, não consiga até hoje, com 30 anos de SUS, uma proposta de trabalho para a atenção básica através do governo federal”, afirmou.
 
Mandetta solicitou a participação das associações médicas, federações, conselhos, entidades de especialidades, entre outras do segmento. “Nós estamos pedindo que formulem e canalizem propostas para que a Frente Parlamentar da Medicina possa defender um caminho justo. Não se faz saúde só com médicos, mas não se faz saúde sem os médicos. Estamos no ministério para dar ouvidos, ter sensibilidade e remarmos juntos para um porto mais seguro”, completou.
 
A Frente Parlamentar da Medicina já conta com o engajamento de 198 deputados e 12 senadores e, segundo Hiran Gonçalves, que também estará à frente do IBDM, o objetivo é formular cada vez mais políticas que prestigiem o ato médico. “Fazendo medicina de qualidade, iremos ao encontro das aspirações do povo brasileiro, que se sentirá prestigiado em todos os rincões, pois estaremos atuando para levar cada vez mais médicos através da criação de uma carreira de Estado, que é uma promessa do novo governo e a maneira mais adequada para ocuparmos espaços nesses vazios assistenciais do país”, pontuou.
 
Para isso, será necessária a revisão da forma como é organizado o atual Programa Mais Médicos. A Frente defende um modelo com mais transparência e eficiência na aplicação dos recursos, com prioridade para médicos brasileiros e a exigência de revalidação para os formados no exterior.
 
Além desta proposta e da rediscussão do modelo de saúde brasileiro, estão entre as demais bandeiras de luta a suspensão da abertura de  escolas de Medicina até que sejam aprovadas regras claras para isto e a aprovação de leis que protejam os médicos da violência no local de trabalho e punam os agressores. Pelo Paraná integram a Frente os deputados Luciano Ducci e Pedro Lupion e o senador Oriovisto Guimarães. Ney Leprevost, que também estaria no grupo, licenciou-se da Câmara Federal para assumir a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho do Paraná. Seu suplente, Evandro Roman, já confirmou participação e a assinatura do termo de compromisso.
 
O presidente da AMP salientou a vasta experiência adquirida por Luiz Henrique Mandetta na gestão pública e no trato das questões da saúde ao longo de sua atividade como parlamentar e elogiou a postura adotada no ministério. Para o Dr. Nerlan Carvalho, é extremamente positiva a abertura à participação das entidades representativas do setor nas discussões que versem sobre a profissão e na busca por uma medicina mais eficiente e um melhor atendimento para a população.
 
O ministro foi homenageado no evento, em reconhecimento à sua atuação como um dos idealizadores do IBDM, criado com o objetivo de incentivar campanhas em todo o País para dar sustentação à Frente Parlamentar da Medicina, garantindo voz ativa à categoria médica no Congresso Nacional.
 
Também participaram o Dr. Luiz Antônio Munhoz da Cunha, delegado da AMP e integrante da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, e o Dr. Luiz Carlos Sobania, ex-coordenador do IBDM.

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