terça, 06 de junho de 2023
Bastam algumas gotinhas de sangue do recém-nascido e várias doenças genéticas, graves ou raras podem ser precocemente diagnosticadas. Esse processo, determinante para a saúde do bebê, é a Triagem Neonatal Biológica (TNB), mais conhecido como “Teste do Pezinho” (TP). No Paraná, o exame contempla a detecção de seis doenças, e a previsão é de que ainda neste semestre a toxoplasmose congênita faça parte da triagem realizada nos bebês.
Em maio de 2021, a Lei Federal 14.154 ampliou o rastreamento de doenças no recém-nascido disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mais de 50 diagnósticos, com implementação de forma escalonada nos estados, em cinco fases.
Atualmente, o Estado segue o cronograma do Ministério da Saúde, na primeira etapa, com testagem para doenças como a deficiência de biotinidase, fenilcetonúria, fibrose cística, hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e hipotireoidismo congênito.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) analisa a possibilidade de antecipar a triagem das doenças contidas na segunda etapa, considerando sua rede assistencial já instituída. A medida permitirá que o teste seja ampliado para doenças como: galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos.
O Teste do Pezinho é um exame simples, realizado nos primeiros dias de vida da criança, ainda na maternidade ou nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a partir de uma pequena quantidade de sangue coletado do calcanhar e serve para o rastreamento de algumas doenças, além de auxiliar na prevenção de sequelas.
A amostra é encaminhada à Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe), única instituição credenciada junto à Sesa para a realização do teste, sendo também um centro de referência no Paraná. Se o resultado do teste do pezinho estiver alterado, a família e o ponto de coleta são contatados e o bebê é reconvocado para fazer novos exames de confirmação.
Cobertura
Nos últimos dois anos foram realizados mais de 1,9 milhão de testes em 325.341 recém-nascidos, uma média de 13,5 mil exames por mês. Existem 2.552 postos de coleta e, em 2022, 100% dos nascidos vivos passaram pela triagem. As UBSs garantem ainda a cobertura total para os bebês que nascem de parto domiciliar e nas casas de detenção. Neste período foram detectadas 216 crianças com uma das seis doenças que fazem parte do exame, que receberam tratamento no tempo oportuno.
Conscientização
Nesta terça-feira (6), é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, data criada pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), implantado em 2001, e tem como objetivo conscientizar a população e os profissionais de saúde sobre a importância do exame, que é obrigatório, gratuito e está disponível em todo o território paranaense.
Do Paraná para todo o Brasil
O Teste do Pezinho começou a ser feito em crianças recém-nascidas nos Estados Unidos em 1961, primeiramente para a pesquisa da fenilcetonúria, que pode levar à deficiência mental, convulsões, atraso no desenvolvimento psicomotor, tremores e microcefalia.
Em 1976, foi iniciado em São Paulo, por iniciativa do Dr. Benjamin José Schmidt, e, no Paraná, não tardou a chegar. “E daqui foi para todo o Brasil”, conta o Dr. Ehrenfried Othmar Wittig, que organizou o projeto desde o início, na Fepe. Neurologista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ele foi convidado pela entidade, por indicação da Secretaria de Estado da Educação, para fazer a investigação das crianças que eram lá atendidas. “Era preciso que se detectasse as causas de deficiência intelectual e nós iniciamos com um programa que era da Organização Mundial da Saúde, com a coleta de sangue do calcanhar das crianças recém-nascidas”, lembra.
Dr. Wittig é diretor de Museu da Associação Médica do Paraná.
Em maio de 2021, a Lei Federal 14.154 ampliou o rastreamento de doenças no recém-nascido disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mais de 50 diagnósticos, com implementação de forma escalonada nos estados, em cinco fases.
Atualmente, o Estado segue o cronograma do Ministério da Saúde, na primeira etapa, com testagem para doenças como a deficiência de biotinidase, fenilcetonúria, fibrose cística, hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e hipotireoidismo congênito.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) analisa a possibilidade de antecipar a triagem das doenças contidas na segunda etapa, considerando sua rede assistencial já instituída. A medida permitirá que o teste seja ampliado para doenças como: galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos.
O Teste do Pezinho é um exame simples, realizado nos primeiros dias de vida da criança, ainda na maternidade ou nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a partir de uma pequena quantidade de sangue coletado do calcanhar e serve para o rastreamento de algumas doenças, além de auxiliar na prevenção de sequelas.
A amostra é encaminhada à Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe), única instituição credenciada junto à Sesa para a realização do teste, sendo também um centro de referência no Paraná. Se o resultado do teste do pezinho estiver alterado, a família e o ponto de coleta são contatados e o bebê é reconvocado para fazer novos exames de confirmação.
Cobertura
Nos últimos dois anos foram realizados mais de 1,9 milhão de testes em 325.341 recém-nascidos, uma média de 13,5 mil exames por mês. Existem 2.552 postos de coleta e, em 2022, 100% dos nascidos vivos passaram pela triagem. As UBSs garantem ainda a cobertura total para os bebês que nascem de parto domiciliar e nas casas de detenção. Neste período foram detectadas 216 crianças com uma das seis doenças que fazem parte do exame, que receberam tratamento no tempo oportuno.
Conscientização
Nesta terça-feira (6), é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, data criada pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), implantado em 2001, e tem como objetivo conscientizar a população e os profissionais de saúde sobre a importância do exame, que é obrigatório, gratuito e está disponível em todo o território paranaense.
Do Paraná para todo o Brasil
O Teste do Pezinho começou a ser feito em crianças recém-nascidas nos Estados Unidos em 1961, primeiramente para a pesquisa da fenilcetonúria, que pode levar à deficiência mental, convulsões, atraso no desenvolvimento psicomotor, tremores e microcefalia.
Em 1976, foi iniciado em São Paulo, por iniciativa do Dr. Benjamin José Schmidt, e, no Paraná, não tardou a chegar. “E daqui foi para todo o Brasil”, conta o Dr. Ehrenfried Othmar Wittig, que organizou o projeto desde o início, na Fepe. Neurologista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ele foi convidado pela entidade, por indicação da Secretaria de Estado da Educação, para fazer a investigação das crianças que eram lá atendidas. “Era preciso que se detectasse as causas de deficiência intelectual e nós iniciamos com um programa que era da Organização Mundial da Saúde, com a coleta de sangue do calcanhar das crianças recém-nascidas”, lembra.
Dr. Wittig é diretor de Museu da Associação Médica do Paraná.