Uma das doenças mais graves da história, a Covid-19 chegou ao Paraná em março de 2020 e, nos anos seguintes, mobilizou o governo do Estado, em especial o setor de saúde, alterou a forma de trabalho e causou drásticas mudanças no dia a dia das pessoas. Naquela ocasião a doença já era considerada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e circulava no Brasil quando foi diagnosticada pela primeira vez em solo paranaense, em 12 de março. 
 
Ela começou com seis casos, sendo cinco em Curitiba e um em Cianorte, na região Noroeste do Estado. As primeiras mortes foram divulgadas cerca de duas semanas depois, em Maringá, no dia 27 de março. Desde então, o Paraná já confirmou 2.906.444 casos e, infelizmente, 45.772 óbitos pela doença.
 
“Foram três anos de muito trabalho, com cautela e transparência em cada uma das ações, priorizando sempre o cuidado com a vida dos paranaenses”, diz o secretário estadual da Saúde, César Neves. “A realidade que vivemos hoje é completamente diferente do que presenciamos lá atrás, principalmente no primeiro ano, quando não tínhamos sequer a vacina contra o vírus. Aprendemos a lidar com a doença de forma coletiva e vencemos os obstáculos com união de esforços”.
 
Segundo os dados do boletim epidemiológico da Covid-19, divulgado semanalmente pela Secretaria da Saúde e publicado na Agência Estadual de Notícias, o ano com maior número de mortes foi 2021, que somou 32.234 óbitos. Neste período – chamado de “segunda onda” da pandemia, a variante Delta foi predominante no mundo.
 
O Estado disponibilizou quase cinco mil leitos exclusivos para atendimento a pacientes com Covid-19 (recorde da sua história), inaugurou três novos hospitais e levou UTIs a cidades que nunca tinham tido esses espaços especializados. Mesmo assim, as Unidades de Pronto Atendimento e hospitais de pequeno porte ficaram cheios, chegando a seis mil pacientes internados simultaneamente.
 
Já com relação aos casos confirmados, 2022 registrou mais de 1,3 milhão de diagnósticos positivos, superando o ano anterior, quando haviam sido computados 1,1 milhão de casos. Embora o número de confirmações tenha sido maior, a incidência de mortes pela doença diminuiu significativamente, com uma queda de mais de 87% comparado ao ano anterior, graças às vacinas.
 
Considerando a queda nos índices, os leitos criados para atendimento exclusivo à Covid-19 voltaram a ser disponibilizados para atendimento geral, possibilitando a retomada de procedimentos cirúrgicos eletivos, que haviam sido paralisados para contingenciamento de leitos e medicamentos de intubação. Atualmente há uma força-tarefa para diminuição das filas de espera.
 
Combate coletivo
 
O enfrentamento à Covid-19 envolveu diversas áreas de atuação do governo do Estado. Na Saúde, centenas de reuniões foram realizadas pelo Centro de Operações Emergenciais (COE) para monitoramento, definição e tomada de decisão para as ações de combate da doença, mesmo antes da confirmação dos primeiros casos. A  Associação Médica do Paraná participou desses encontros.
 
Nas demais áreas, aeronaves do Poder Executivo foram utilizadas para agilizar a chegada de testes na Capital e vacinas no Interior, a Secretaria de Educação implementou o sistema de aulas virtuais para mais de um milhão de alunos, e os cientistas paranaenses se mobilizaram para estudar formas de minimizar danos e acelerar a resolução da crise sanitária.
 
Dentre as ações que mais impactaram o Estado, e que provocaram mudanças na sociedade, destacam-se as medidas de distanciamento social, a obrigatoriedade do uso de máscaras e paralisação de procedimentos cirúrgicos eletivos, além do teletrabalho como método para manter a economia em pleno funcionamento.
Algumas medidas perduraram por mais de um ano e foram fundamentais para o enfrentamento da doença. Pela sociedade, houve engajamento massivo pelos cuidados básicos em relação ao uso de álcool em gel, desinfecção constante dos espaços e adaptação dos ambientes de trabalho e convívio para esse momento, ainda antes da vacina.
 
Neste mês de março, o Paraná completa um ano sem a obrigatoriedade do uso de máscaras. Agora, conforme a Resolução Sesa nº 243/2022, a utilização é recomendada apenas em excepcionalidades, como em situações com aglomerações de pessoas, acesso e atendimento em unidades de saúde e por pessoas elencadas em grupos de risco.
 
Vacinação
 
Dentre os três anos de pandemia, dois são marcados pela principal arma contra o vírus: a vacinação. No dia 18 de janeiro de 2021, o Paraná aplicou a primeira dose do imunizante e, desde então, já são quase 29 milhões de vacinas aplicadas no Estado, de quatro fabricantes diferentes e esquemas vacinais que abrangem desde crianças de seis meses até os mais idosos.
 
Atualmente, com a chegada das vacinas bivalentes, o Paraná deu início a uma nova etapa no processo de vacinação, para reforçar a proteção contra a doença.
 
Nesta fase estão sendo contemplados inicialmente idosos acima de 60 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em Instituições de Longa Permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas e pessoas com deficiência permanente.
 
“Hoje o cenário epidemiológico da Covid-19 é considerado estável, realidade oposta de um passado não tão distante. A vacina foi nossa ferramenta para que hoje pudéssemos chegar nesta fase que chamamos de pós-pandemia, por isso contamos com a população para que não deixem se vacinar para manter essa barreira contra o vírus”, enfatiza César Neves.
 
 
Fonte: Sesa

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