Foi realizada, nesta segunda-feira (11), a segunda reunião em ambiente virtual entre parlamentares da Frente Parlamentar da Medicina e entidades médicas associadas ao Instituto Brasil de Medicina, para debater temas relacionados à medicina e à saúde pública.
 
O evento, que contou com a presença do ministro da Saúde, Nelson Teich, teve 75 participantes, entre parlamentares, entidades médicas e assessoria. Representaram a Associação Médica do Paraná, o presidente, Dr. Nerlan Carvalho, e o delegado junto à AMB, Dr. Jurandir Marcondes Ribas Filho.
 
A reunião foi conduzida pelo presidente da Frente, deputado Hiran Gonçalves, que abriu os trabalhos preliminares com breves debates entre parlamentares e entidades médicas sobre temas variados de saúde pública.
 
Assim que o ministro da Saúde ingressou no encontro, o parlamentar e o coordenador do IBDM, Dr. José Luiz Dantas Mestrinho, apresentaram as diretrizes da Frente e do instituto, explicitando a interlocução e o comprometimento no que tange ao estímulo da prática de uma medicina de qualidade em todo o país.
 
Nelson Teich iniciou sua fala alertando para a grande preocupação com o sistema de saúde e suas demandas reprimidas. Ele também ressaltou que há uma grande incerteza que estamos passando durante esse período de pandemia. “No meio dessa incerteza toda é que a gente trabalha para manter o SUS minimamente, ou idealmente estruturado. O sistema de informação é pobre. Há muita dificuldade em colher informação do que acontece nos estados e municípios. Uma das metas é desenhar um sistema nacional para mapear, não só a Covid-19, mas todas as doenças tratadas no sistema de saúde”, disse.
 
O ministro também falou que a grande marca de seu ministério será o diálogo. Segundo ele, ouvir todas as entidades, as classes e as sugestões de solução será primordial para a condução dos planos à frente da Saúde. “A informação da interação que vem da ponta é fundamental para que possamos enxergar através dessas pessoas. Diálogo e comunicação são o que fazem dar certo para conduzir a Saúde”, afirmou.
 
Outro eixo de estruturação para a gestão de Nelson Teich é o da infraestrutura do cuidado. O ministro aposta na elaboração de um plano de tratamento precoce para a Covid-19, com o objetivo de  evitar que as pessoas cheguem num estágio mais avançado da doença, sobrecarregando, assim, o SUS. Ele também apontou a necessidade de se discutir novas estratégias de isolamento e distanciamento social com critérios técnicos.
 
Entre os questionamentos das entidades médicas e parlamentares que foram respondidos pelo ministro, os temas mais evidenciados foram sobre comunicação do ministério, bolsas de residência médica, atendimentos de pacientes oncológicos e Revalida.
 
Sobre a atuação de médicos sem CRM durante a epidemia, o ministro garantiu que vai tratar da qualidade do cuidado das pessoas do Brasil. “Essa qualidade tem que ser de todos. A qualidade do cuidado extrapola o Revalida”, enfatizou.
 
Após a saída do ministro da Saúde da reunião, as entidades médicas continuaram debatendo temas que trataram do atraso do pagamento da bolsa dos médicos residentes, reajuste das bolsas dos médicos residentes, possível assento da Comissão Nacional dos Médicos Residentes no IBDM, regulamentação da telemedicina pelo CFM, pós-pandemia, assim como a articulação para a derrubada dos vetos presidenciais e um posicionamento único e firme das entidades para orientar a população sobre isolamento e distanciamento social.
 
Feitas as considerações finais pelo presidente da Frente Parlamentar e pelo coordenador do IBDM, parlamentares presentes e entidades médicas, a reunião se encerrou após aproximadas quatro horas de duração.
 

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