A maioria dos brasileiros avalia o atendimento do último médico visitado como excelente ou muito bom (57%). Se inseridos nesse percentual também os que classificaram como “boa” a interação com o médico, este índice salta para 88% (as opções de respostas eram “excelente”, “muito boa”, “boa”, “regular” ou “ruim” para avaliação geral do atendimento). Na rede pública de assistência, 50% dos pacientes
consideraram o atendimento excelente ou muito bom. No grupo dos que consultam médicos credenciados a planos de saúde, 70% sustentam essa avaliação. Quando o atendimento é particular, o índice sobe para 73%.
Estes são os números indicados no relatório final de pesquisa realizada no Brasil peloIbope Inteligência entre agosto e setembro de 2011, em parceria com a Worldwide Independent Network Research (WIN). “Apesar das dificuldades relacionadas ao trabalho médico, que em muitos aspectos estão agravadas atualmente tanto na rede pública quanto no sistema suplementar, vemos que a maioria dos pacientes acredita no profissional e se sente bem com o atendimento recebido do médico”, analisa o conselheiro federal José Fernando Maia Vinagre, representante do Mato Grosso no CFM.
Receberam as melhores avaliações, nesta ordem, os itens: Me tratou com respeito (93% de notas excelente, muito bom ou bom), Me recebeu de uma maneira que me deixou confortável (89%) e Entendeu minhas principais preocupações com a saúde (87%).
O item que recebeu as piores notas por parte dos pacientes, em relação ao trabalhodo último médico visitado, foi Me incentivou a fazer perguntas (10% com avaliação ruim),seguido de Me envolveu nas decisões, da forma que eu desejava (7%) e Passou a quantidade certa de tempo comigo (7%) “Tais dados parecem indicar que os médicos em geral precisam dar mais atenção à participação do paciente no ato que está sendo realizado, seja com o fornecimento de informações sobre seu quadro de saúde e preocupações, seja com ponderações sobre o encaminhamento que mais se adapta a suas expectativas”, diz Vinagre.
Comparação – A pesquisa da WIN entrevistou pacientes em 39 países e indica que o Brasil ocupa a 20ª posição na lista dos países com médicos mais bem avaliados com relação à comunicação. Os cinco primeiros são Irlanda, Armênia, Chile, Macedônia e Bósnia. Os pacientes mais insatisfeitos no que diz respeito às habilidades interpessoais e de comunicação de seus médicos estão no Paquistão (onde apenas 5% dos entrevistados fizeram avaliações positivas), seguido por Peru (6%), Japão (10%), China (11%) e Polônia (11%).