A Associação Médica do Paraná e a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba atuarão juntas para a capacitação dos profissionais do Sistema Único de Saúde em urgência e emergência e em atenção primária e saúde da família e para a discussão de políticas públicas de saúde na capital paranaense. Um encontro entre a direção da AMP e o secretário de Saúde, Adriano Massuda, na última quarta-feira, reafirmou a intenção de parceria já declarada pelo prefeito Gustavo Fruet ainda durante a campanha eleitoral.
No encontro, em que participaram, ainda, os diretores Alan Diorio (Sistema de Urgência e Emergência), Moacir Ramos Pires (Infectologia), Paulo Poli (Atenção Primária) e Newton Pereira (superintendente executivo) da Secretaria Municipal, a equipe que gere a saúde pública de Curitiba explicou as prioridades e desafios da nova gestão e afirmou contar com a estrutura e capacidade científica da AMP para implementar alguns de seus programas.
À equipe da Secretaria, foi apresentada pela AMP a Universidade Corporativa, como um importante ferramenta para a capacitação dos médicos paranaenses, que poderá contribuir, também, para a atualização dos profissionais vinculados à Secretaria. O presidente da AMP, Dr. João Carlos Baracho, também externou sua preocupação com as epidemias de gripe que vêm atingindo a cidade nos últimos anos e pediu uma maior valorização do Sistema Único de Saúde (SUS) .
O secretário Massuda apontou a reorganização da administração hospitalar como uma das prioridades de sua gestão e prometeu valorizar o médico com vínculo horizontal com o sistema, “hoje, em nossa folha de pagamento, o salário base representa apenas 1/3 do que é pago, vamos modernizar esse plano de carreira”, disse. Além da atenção primária e de urgência e emergência, o secretário também prometeu ações para organizar a atenção de especialidades, um dos principais gargalos da saúde pública municipal.
Quanto à relação da Secretaria com a AMP, Massuda disse que avançará no protocolo de intenções assinado pela antiga gestão da Secretaria no ano passado, utilizando a expertise da AMP na discussão de políticas públicas e na capacitação dos médicos. “Podemos sair daqui com três indicações: a estruturação de cursos junto com a AMP para a capacitação de nossos médicos em Urgência e Emergência e em Atenção Primária – Saúde da Família e a criação de uma agenda de debates sobre Saúde Pública, para decidirmos nossa postura em questões como a gripe, a dependência química e outros temas que precisamos tomar uma posição”, disse.