O balanço da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM), composta pela Associação Médica do Paraná (AMP), Conselho Regional de Medicina (CRM-PR) e Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) é que cerca de 90% dos médicos que atendem a planos de saúde no Estado fecharam seus consultórios hoje (quarta-feira, 21 de setembro). “O Dia Nacional de Suspensão do Atendimento aos Planos de Saúde teve adesão maciça dos médicos paranaenses”, disse o presidente eleito da AMP, João Carlos Baracho.
“As clínicas de ortopedia, por exemplo, aderiram totalmente à suspensão, deixando de atender no dia de hoje”, explica Baracho. A manifestação atingiu todo o país e, no Paraná, a mobilização foi contra todos os planos e operadoras de saúde.
A mobilização foi uma iniciativa da Comissão Nacional de Saúde Suplementar – COMSU – que congrega a Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina e Federação Nacional dos Médicos, decidida previamente nos dias 4 de agosto e 1º de setembro. “Com isso, os médicos puderam reagendar as consultas eletivas, para que nenhum paciente ficasse prejudicado”, completou.
No Paraná há 19 mil médicos com cadastro ativo no Conselho Regional de Medicina, dos quais, entre 10 e 11 mil atendem a um ou mais planos de saúde. A estimativa é que a suspensão do atendimento atingiu cerca de 90% destes médicos.
Desde o movimento do dia 7 de abril, quando ocorreu a primeira paralisação nacional dos planos de saúde, a CEHM convocou as operadoras para negociar. No entanto, as empresas que se manifestaram apresentaram propostas totalmente insatisfatórias e, uma parte delas, evitou o diálogo. No dia 20, véspera da suspensão do atendimento, representantes da Amil, Copel e Furnas procuraram a CEHM, sinalizando a intenção de retomar as negociações.
Nos últimos seis meses, uma estimativa informal da CEHM constatou cerca de 2 mil descredenciamentos dos médicos paranaenses dos planos de saúde. “A intenção do movimento é chegar a bom termo nas negociações. Mas, caso isso não aconteça, acreditamos que essa tendência, já percebida, se acentue naturalmente como iniciativa individual dos profissionais médicos, que sentem-se aviltados e desrespeitados no exercício da profissão”,
Carta ao Ministério da Saúde
Uma Carta à Nação foi enviada hoje ao ministro Alexandre Padilha. Na carta, os médicos expõem sua preocupação com as práticas dos planos e seguros de saúde, que insistem em desrespeitar os profissionais e em gerar insatisfação e insegurança dos pacientes com a assistência prometida. “Somente a cultura do lucro - e não a da saúde - justifica a indiferença com que as operadoras tratam as reivindicações dos médicos e da sociedade”, alerta o documento, cuja íntegra se encontra abaixo e que será entregue ao ministro, aos parlamentares federais e a outras autoridades.
“Seis meses após alerta nacional promovido em 7 de abril, com a suspensão por 24 horas do atendimento às operadoras, ainda estamos inconformados com a permanência dos abusos praticados”, informa o documento, onde os médicos denunciam a resistência dos planos de saúde em negociar o reajuste dos honorários praticados e o fim da interferência na autonomia dos profissionais.
No texto, os médicos alegam que nos últimos 12 anos, os índices de inflação acumulados chegaram a 120%. Por outro lado, os reajustes dos planos somaram 150%, enquanto os honorários médicos não atingiram reajustes de 50% no período. Ressaltou-se ainda que, no Brasil, o mercado de planos de saúde cresce mais de 10% ao ano, o que significa 4 milhões de novos usuários no país por período, o que garante grande faturamento às operadoras (cuja receita em 2010 foi de R$ 72,7 bilhões), sem suficiente contrapartida em termos de valorização do trabalho médico e na oferta de cobertura às demandas dos pacientes.
“Em lugar do diálogo e de negociação com os médicos, grande número de operadoras optam pela mercantilização da saúde, ressaltando seu descompromisso com a assistência. Diante desse quadro de equilíbrio ameaçado, conclamamos o Governo Federal e o seu órgão regulador na área (Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS) para que atuem como reais mediadores nessa relação que diz respeito à saúde e à vida de mais de 46 milhões de brasileiros”, finaliza o texto.
Legalidade
Os coordenadores do movimento nacional dos médicos ressaltam que a suspensão ocorre dentro de uma esfera de legalidade. Não serão desrespeitados limites, como a duração do protesto, que acontece dentro de um prazo determinado (24 horas). As entidades médicas ressaltam ainda que, como previsto pelo Código de Ética Médica, em vigor desde abril de 2010, nunca foi autorizada a cobrança de valores extras para garantir atendimento.
Imagem: Google
O balanço da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM), composta pela Associação Médica do Paraná (AMP), Conselho Regional de Medicina (CRM-PR) e Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) é que cerca de 90% dos médicos que atendem a planos de saúde no Estado fecharam seus consultórios hoje (quarta-feira, 21 de setembro). “O Dia Nacional de Suspensão do Atendimento aos Planos de Saúde teve adesão maciça dos médicos paranaenses”, disse o presidente eleito da AMP, João Carlos Baracho.
“As clínicas de ortopedia, por exemplo, aderiram totalmente à suspensão, deixando de atender no dia de hoje”, explica Baracho. A manifestação atingiu todo o país e, no Paraná, a mobilização foi contra todos os planos e operadoras de saúde.
A mobilização foi uma iniciativa da Comissão Nacional de Saúde Suplementar – COMSU – que congrega a Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina e Federação Nacional dos Médicos, decidida previamente nos dias 4 de agosto e 1º de setembro. “Com isso, os médicos puderam reagendar as consultas eletivas, para que nenhum paciente ficasse prejudicado”, completou.
No Paraná há 19 mil médicos com cadastro ativo no Conselho Regional de Medicina, dos quais, entre 10 e 11 mil atendem a um ou mais planos de saúde. A estimativa é que a suspensão do atendimento atingiu cerca de 90% destes médicos.
Desde o movimento do dia 7 de abril, quando ocorreu a primeira paralisação nacional dos planos de saúde, a CEHM convocou as operadoras para negociar. No entanto, as empresas que se manifestaram apresentaram propostas totalmente insatisfatórias e, uma parte delas, evitou o diálogo. No dia 20, véspera da suspensão do atendimento, representantes da Amil, Copel e Furnas procuraram a CEHM, sinalizando a intenção de retomar as negociações.
Nos últimos seis meses, uma estimativa informal da CEHM constatou cerca de 2 mil descredenciamentos dos médicos paranaenses dos planos de saúde. “A intenção do movimento é chegar a bom termo nas negociações. Mas, caso isso não aconteça, acreditamos que essa tendência, já percebida, se acentue naturalmente como iniciativa individual dos profissionais médicos, que sentem-se aviltados e desrespeitados no exercício da profissão”,
Carta ao Ministério da Saúde
Uma Carta à Nação foi enviada hoje ao ministro Alexandre Padilha. Na carta, os médicos expõem sua preocupação com as práticas dos planos e seguros de saúde, que insistem em desrespeitar os profissionais e em gerar insatisfação e insegurança dos pacientes com a assistência prometida. “Somente a cultura do lucro - e não a da saúde - justifica a indiferença com que as operadoras tratam as reivindicações dos médicos e da sociedade”, alerta o documento, cuja íntegra se encontra abaixo e que será entregue ao ministro, aos parlamentares federais e a outras autoridades.
“Seis meses após alerta nacional promovido em 7 de abril, com a suspensão por 24 horas do atendimento às operadoras, ainda estamos inconformados com a permanência dos abusos praticados”, informa o documento, onde os médicos denunciam a resistência dos planos de saúde em negociar o reajuste dos honorários praticados e o fim da interferência na autonomia dos profissionais.
No texto, os médicos alegam que nos últimos 12 anos, os índices de inflação acumulados chegaram a 120%. Por outro lado, os reajustes dos planos somaram 150%, enquanto os honorários médicos não atingiram reajustes de 50% no período. Ressaltou-se ainda que, no Brasil, o mercado de planos de saúde cresce mais de 10% ao ano, o que significa 4 milhões de novos usuários no país por período, o que garante grande faturamento às operadoras (cuja receita em 2010 foi de R$ 72,7 bilhões), sem suficiente contrapartida em termos de valorização do trabalho médico e na oferta de cobertura às demandas dos pacientes.
“Em lugar do diálogo e de negociação com os médicos, grande número de operadoras optam pela mercantilização da saúde, ressaltando seu descompromisso com a assistência. Diante desse quadro de equilíbrio ameaçado, conclamamos o Governo Federal e o seu órgão regulador na área (Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS) para que atuem como reais mediadores nessa relação que diz respeito à saúde e à vida de mais de 46 milhões de brasileiros”, finaliza o texto.
Legalidade
Os coordenadores do movimento nacional dos médicos ressaltam que a suspensão ocorre dentro de uma esfera de legalidade. Não serão desrespeitados limites, como a duração do protesto, que acontece dentro de um prazo determinado (24 horas). As entidades médicas ressaltam ainda que, como previsto pelo Código de Ética Médica, em vigor desde abril de 2010, nunca foi autorizada a cobrança de valores extras para garantir atendimento.
Imagem: Google
O balanço da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM), composta pela Associação Médica do Paraná (AMP), Conselho Regional de Medicina (CRM-PR) e Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) é que cerca de 90% dos médicos que atendem a planos de saúde no Estado fecharam seus consultórios hoje (quarta-feira, 21 de setembro). “O Dia Nacional de Suspensão do Atendimento aos Planos de Saúde teve adesão maciça dos médicos paranaenses”, disse o presidente eleito da AMP, João Carlos Baracho.
“As clínicas de ortopedia, por exemplo, aderiram totalmente à suspensão, deixando de atender no dia de hoje”, explica Baracho. A manifestação atingiu todo o país e, no Paraná, a mobilização foi contra todos os planos e operadoras de saúde.
A mobilização foi uma iniciativa da Comissão Nacional de Saúde Suplementar – COMSU – que congrega a Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina e Federação Nacional dos Médicos, decidida previamente nos dias 4 de agosto e 1º de setembro. “Com isso, os médicos puderam reagendar as consultas eletivas, para que nenhum paciente ficasse prejudicado”, completou.
No Paraná há 19 mil médicos com cadastro ativo no Conselho Regional de Medicina, dos quais, entre 10 e 11 mil atendem a um ou mais planos de saúde. A estimativa é que a suspensão do atendimento atingiu cerca de 90% destes médicos.
Desde o movimento do dia 7 de abril, quando ocorreu a primeira paralisação nacional dos planos de saúde, a CEHM convocou as operadoras para negociar. No entanto, as empresas que se manifestaram apresentaram propostas totalmente insatisfatórias e, uma parte delas, evitou o diálogo. No dia 20, véspera da suspensão do atendimento, representantes da Amil, Copel e Furnas procuraram a CEHM, sinalizando a intenção de retomar as negociações.
Nos últimos seis meses, uma estimativa informal da CEHM constatou cerca de 2 mil descredenciamentos dos médicos paranaenses dos planos de saúde. “A intenção do movimento é chegar a bom termo nas negociações. Mas, caso isso não aconteça, acreditamos que essa tendência, já percebida, se acentue naturalmente como iniciativa individual dos profissionais médicos, que sentem-se aviltados e desrespeitados no exercício da profissão”,
Carta ao Ministério da Saúde
Uma Carta à Nação foi enviada hoje ao ministro Alexandre Padilha. Na carta, os médicos expõem sua preocupação com as práticas dos planos e seguros de saúde, que insistem em desrespeitar os profissionais e em gerar insatisfação e insegurança dos pacientes com a assistência prometida. “Somente a cultura do lucro - e não a da saúde - justifica a indiferença com que as operadoras tratam as reivindicações dos médicos e da sociedade”, alerta o documento, cuja íntegra se encontra abaixo e que será entregue ao ministro, aos parlamentares federais e a outras autoridades.
“Seis meses após alerta nacional promovido em 7 de abril, com a suspensão por 24 horas do atendimento às operadoras, ainda estamos inconformados com a permanência dos abusos praticados”, informa o documento, onde os médicos denunciam a resistência dos planos de saúde em negociar o reajuste dos honorários praticados e o fim da interferência na autonomia dos profissionais.
No texto, os médicos alegam que nos últimos 12 anos, os índices de inflação acumulados chegaram a 120%. Por outro lado, os reajustes dos planos somaram 150%, enquanto os honorários médicos não atingiram reajustes de 50% no período. Ressaltou-se ainda que, no Brasil, o mercado de planos de saúde cresce mais de 10% ao ano, o que significa 4 milhões de novos usuários no país por período, o que garante grande faturamento às operadoras (cuja receita em 2010 foi de R$ 72,7 bilhões), sem suficiente contrapartida em termos de valorização do trabalho médico e na oferta de cobertura às demandas dos pacientes.
“Em lugar do diálogo e de negociação com os médicos, grande número de operadoras optam pela mercantilização da saúde, ressaltando seu descompromisso com a assistência. Diante desse quadro de equilíbrio ameaçado, conclamamos o Governo Federal e o seu órgão regulador na área (Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS) para que atuem como reais mediadores nessa relação que diz respeito à saúde e à vida de mais de 46 milhões de brasileiros”, finaliza o texto.
Legalidade
Os coordenadores do movimento nacional dos médicos ressaltam que a suspensão ocorre dentro de uma esfera de legalidade. Não serão desrespeitados limites, como a duração do protesto, que acontece dentro de um prazo determinado (24 horas). As entidades médicas ressaltam ainda que, como previsto pelo Código de Ética Médica, em vigor desde abril de 2010, nunca foi autorizada a cobrança de valores extras para garantir atendimento.
Imagem: Google