quinta, 09 de novembro de 2023
Saúde também é papo de homem! Com este tema, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) buscou, em 2022, chamar a atenção, durante o mês de novembro, para a necessidade de conscientização sobre a importância da saúde masculina. A campanha do Novembro Azul, iniciativa originada na Austrália, em 2003, é realizada anualmente em todo o Brasil desde 2008 e tem como um dos objetivos principais o alerta para o diagnóstico precoce do câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), correspondendo a 29,2% dos tumores que acometem a população masculina, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.
Estimativas do órgão apontam para o diagnóstico de 65,8 mil novos casos por ano até 2022. São 62,95 a cada 100 mil homens. Em todo o mundo, conforme o Ministério da Saúde, também é o segundo tipo mais frequente, com 75% ocorrendo em homens com idade superior a 65 anos. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que fica embaixo da bexiga e tem o tamanho de uma noz, podendo ser maior em homens mais velhos.
Por motivos culturais ou outros, como a alegação de falta de tempo ou o receio de descobrir alguma doença, muitos homens deixam de realizar consultas e exames de rotina. Especialista em Urologia, o Dr. Fábio Scarpa e Silva, de Cascavel, afirma que os homens devem procurar o urologista uma vez por ano, para fazer uma triagem, um check-up, para o câncer de próstata, uma vez que a doença não costuma provocar sintomas na fase inicial, quando as chances de cura são maiores. “Com base em estudos epidemiológicos, recomenda-se que essa avaliação seja feita a partir dos 50 anos de idade ou, caso existam fatores de risco para a doença, como histórico de familiares de primeiro grau acometidos, dos 45 em diante”, afirma.
História clínica, exame físico e PSA
Ele explica que o diagnóstico é feito por meio da história clínica, exame físico, no qual o toque retal é fundamental, para avaliação do tamanho, forma e textura da próstata, e exames complementares, especialmente o PSA, cuja sigla vem de Prostate Specific Antigen, antígeno específico da próstata, uma proteína produzida pelo tecido prostático, cujos níveis no sangue podem se alterar quando existe alguma doença.
Estimativas do órgão apontam para o diagnóstico de 65,8 mil novos casos por ano até 2022. São 62,95 a cada 100 mil homens. Em todo o mundo, conforme o Ministério da Saúde, também é o segundo tipo mais frequente, com 75% ocorrendo em homens com idade superior a 65 anos. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que fica embaixo da bexiga e tem o tamanho de uma noz, podendo ser maior em homens mais velhos.
Por motivos culturais ou outros, como a alegação de falta de tempo ou o receio de descobrir alguma doença, muitos homens deixam de realizar consultas e exames de rotina. Especialista em Urologia, o Dr. Fábio Scarpa e Silva, de Cascavel, afirma que os homens devem procurar o urologista uma vez por ano, para fazer uma triagem, um check-up, para o câncer de próstata, uma vez que a doença não costuma provocar sintomas na fase inicial, quando as chances de cura são maiores. “Com base em estudos epidemiológicos, recomenda-se que essa avaliação seja feita a partir dos 50 anos de idade ou, caso existam fatores de risco para a doença, como histórico de familiares de primeiro grau acometidos, dos 45 em diante”, afirma.
História clínica, exame físico e PSA
Ele explica que o diagnóstico é feito por meio da história clínica, exame físico, no qual o toque retal é fundamental, para avaliação do tamanho, forma e textura da próstata, e exames complementares, especialmente o PSA, cuja sigla vem de Prostate Specific Antigen, antígeno específico da próstata, uma proteína produzida pelo tecido prostático, cujos níveis no sangue podem se alterar quando existe alguma doença.
“Ainda há muito descuido do homem com sua saúde. E o câncer de próstata é a maior prova disso. Mesmo tendo mais de 90% de chance de cura quando diagnosticado em suas fases iniciais, o que somente é possível fazendo os exames periodicamente, ainda é o segundo que mais mata na população masculina, ou seja, a quantidade de homens que passam pelos exames rotineiramente ainda é muito abaixo do que deveria”, diz, acrescentando que diversos fatores podem ser responsáveis por esse fato, como, por exemplo, a tendência do homem em se preocupar muito mais com seus familiares do que consigo mesmo. “Mas, certamente, o preconceito é o maior deles, principalmente devido ao toque retal, que não passa de um exame rápido e indolor”, ressalta.
Em função disso, muitos acabam sendo diagnosticados quando a doença já está em estágios mais avançados. Na fase inicial, tem uma evolução silenciosa. Quando surgem sintomas, os mais comuns são dificuldade para urinar, sangue na urina e diminuição do jato, além de vontade de urinar mais vezes, seja durante o dia ou à noite.
Um levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, em São Paulo, o primeiro do país com atendimento voltado exclusivamente para o público masculino, fundado em 2008, mostrou que 70% dos homens apenas procuram atendimento médico por cobrança dos familiares e, destes, mais da metade adiam a ida para consultas e já chegam com doenças em estágio avançado.
Como é feito o tratamento?
O tratamento para o câncer de próstata, segundo o Dr. Fábio, depende do estadiamento da doença, que determinará sua fase de desenvolvimento, extensão e gravidade. Se for inicial, pode ser realizada cirurgia, seja aberta, laparoscópica ou robótica, ou prescrita radioterapia. Esta pode ser convencional ou braquiterapia, que consiste na emissão de radiação por uma fonte colocada dentro do corpo. “Em casos mais avançados, quando esses tratamentos não são mais eficazes, utiliza-se hormonioterapia e quimioterapia”, informa.
O que pode aumentar o risco?
Fatores como a idade, uma vez que a incidência aumenta após os 50 anos; histórico familiar, como pai e irmão com a doença antes dos 60 anos, por exemplo; excesso de gordura corporal, estilo de vida e hábitos alimentares inadequados, além de agentes químicos, físicos e biológicos relacionados ao trabalho, como produtos de petróleo, e tabagismo, entre outros, aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de próstata. Por isso, é importante adotar uma alimentação mais saudável, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, abandonar o cigarro e praticar atividade física, que ajuda na manutenção do peso corporal correto.
O Dr. Fábio alerta, no entanto, que não é somente o câncer de próstata que merece atenção. O homem deve cuidar da sua saúde como um todo. “Como urologistas, devemos advertir também para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), à saúde sexual, com foco em problemas como impotência e ejaculação rápida, e até mesmo o aumento benigno (inchaço) da próstata, que causa sintomas desconfortáveis, como dificuldade para urinar, incômodo na região da bexiga e necessidade de levantar durante a noite para urinar, entre outros”, conclui.
Dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, mostram que, dos homens brasileiros com idades entre 20 e 59 anos, 34% não estão cadastrados nos serviços de atenção primária à saúde, portanto realizando menos ações preventivas em comparação com as mulheres. Isso se reflete na expectativa de vida: mesmo com o aumento entre os anos de 2000 e 2018, a população masculina ainda vive 7,1 anos menos do que a feminina.
Testes e exames que devem ser regularmente realizados estão entre os cuidados necessários à saúde do homem. São eles o hemograma completo, dosagem de glicemia e colesterol, exame de urina e verificação da pressão arterial. Também é importante manter a carteira vacinal atualizada.
Atenção Integral
Em 2021, foi regulamentada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Desenvolvida pelo MS a partir de cinco eixos temáticos, tem o objetivo de promover ações de saúde levando em conta a realidade masculina nos seus contextos socioculturais e político-econômicos, assim como os níveis de desenvolvimento dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão, contribuindo para a diminuição da morbidade e da mortalidade.
De acordo com a pasta, a proposta foi elaborada com a participação de gestores do SUS, representantes da sociedade civil e das sociedades científicas, pesquisadores, acadêmicos e agências de cooperação internacional.
Os eixos são os seguintes: acesso e acolhimento; saúde sexual e saúde reprodutiva; paternidade e cuidado; doenças prevalentes na população masculina, e prevenção de violências e acidentes.
Em função disso, muitos acabam sendo diagnosticados quando a doença já está em estágios mais avançados. Na fase inicial, tem uma evolução silenciosa. Quando surgem sintomas, os mais comuns são dificuldade para urinar, sangue na urina e diminuição do jato, além de vontade de urinar mais vezes, seja durante o dia ou à noite.
Um levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, em São Paulo, o primeiro do país com atendimento voltado exclusivamente para o público masculino, fundado em 2008, mostrou que 70% dos homens apenas procuram atendimento médico por cobrança dos familiares e, destes, mais da metade adiam a ida para consultas e já chegam com doenças em estágio avançado.
Como é feito o tratamento?
O tratamento para o câncer de próstata, segundo o Dr. Fábio, depende do estadiamento da doença, que determinará sua fase de desenvolvimento, extensão e gravidade. Se for inicial, pode ser realizada cirurgia, seja aberta, laparoscópica ou robótica, ou prescrita radioterapia. Esta pode ser convencional ou braquiterapia, que consiste na emissão de radiação por uma fonte colocada dentro do corpo. “Em casos mais avançados, quando esses tratamentos não são mais eficazes, utiliza-se hormonioterapia e quimioterapia”, informa.
O que pode aumentar o risco?
Fatores como a idade, uma vez que a incidência aumenta após os 50 anos; histórico familiar, como pai e irmão com a doença antes dos 60 anos, por exemplo; excesso de gordura corporal, estilo de vida e hábitos alimentares inadequados, além de agentes químicos, físicos e biológicos relacionados ao trabalho, como produtos de petróleo, e tabagismo, entre outros, aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de próstata. Por isso, é importante adotar uma alimentação mais saudável, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, abandonar o cigarro e praticar atividade física, que ajuda na manutenção do peso corporal correto.
O Dr. Fábio alerta, no entanto, que não é somente o câncer de próstata que merece atenção. O homem deve cuidar da sua saúde como um todo. “Como urologistas, devemos advertir também para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), à saúde sexual, com foco em problemas como impotência e ejaculação rápida, e até mesmo o aumento benigno (inchaço) da próstata, que causa sintomas desconfortáveis, como dificuldade para urinar, incômodo na região da bexiga e necessidade de levantar durante a noite para urinar, entre outros”, conclui.
Dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, mostram que, dos homens brasileiros com idades entre 20 e 59 anos, 34% não estão cadastrados nos serviços de atenção primária à saúde, portanto realizando menos ações preventivas em comparação com as mulheres. Isso se reflete na expectativa de vida: mesmo com o aumento entre os anos de 2000 e 2018, a população masculina ainda vive 7,1 anos menos do que a feminina.
Testes e exames que devem ser regularmente realizados estão entre os cuidados necessários à saúde do homem. São eles o hemograma completo, dosagem de glicemia e colesterol, exame de urina e verificação da pressão arterial. Também é importante manter a carteira vacinal atualizada.
Atenção Integral
Em 2021, foi regulamentada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Desenvolvida pelo MS a partir de cinco eixos temáticos, tem o objetivo de promover ações de saúde levando em conta a realidade masculina nos seus contextos socioculturais e político-econômicos, assim como os níveis de desenvolvimento dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão, contribuindo para a diminuição da morbidade e da mortalidade.
De acordo com a pasta, a proposta foi elaborada com a participação de gestores do SUS, representantes da sociedade civil e das sociedades científicas, pesquisadores, acadêmicos e agências de cooperação internacional.
Os eixos são os seguintes: acesso e acolhimento; saúde sexual e saúde reprodutiva; paternidade e cuidado; doenças prevalentes na população masculina, e prevenção de violências e acidentes.
quinta, 09 de novembro de 2023
Saúde também é papo de homem! Com este tema, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) buscou, em 2022, chamar a atenção, durante o mês de novembro, para a necessidade de conscientização sobre a importância da saúde masculina. A campanha do Novembro Azul, iniciativa originada na Austrália, em 2003, é realizada anualmente em todo o Brasil desde 2008 e tem como um dos objetivos principais o alerta para o diagnóstico precoce do câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), correspondendo a 29,2% dos tumores que acometem a população masculina, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.
Estimativas do órgão apontam para o diagnóstico de 65,8 mil novos casos por ano até 2022. São 62,95 a cada 100 mil homens. Em todo o mundo, conforme o Ministério da Saúde, também é o segundo tipo mais frequente, com 75% ocorrendo em homens com idade superior a 65 anos. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que fica embaixo da bexiga e tem o tamanho de uma noz, podendo ser maior em homens mais velhos.
Por motivos culturais ou outros, como a alegação de falta de tempo ou o receio de descobrir alguma doença, muitos homens deixam de realizar consultas e exames de rotina. Especialista em Urologia, o Dr. Fábio Scarpa e Silva, de Cascavel, afirma que os homens devem procurar o urologista uma vez por ano, para fazer uma triagem, um check-up, para o câncer de próstata, uma vez que a doença não costuma provocar sintomas na fase inicial, quando as chances de cura são maiores. “Com base em estudos epidemiológicos, recomenda-se que essa avaliação seja feita a partir dos 50 anos de idade ou, caso existam fatores de risco para a doença, como histórico de familiares de primeiro grau acometidos, dos 45 em diante”, afirma.
História clínica, exame físico e PSA
Ele explica que o diagnóstico é feito por meio da história clínica, exame físico, no qual o toque retal é fundamental, para avaliação do tamanho, forma e textura da próstata, e exames complementares, especialmente o PSA, cuja sigla vem de Prostate Specific Antigen, antígeno específico da próstata, uma proteína produzida pelo tecido prostático, cujos níveis no sangue podem se alterar quando existe alguma doença.
Estimativas do órgão apontam para o diagnóstico de 65,8 mil novos casos por ano até 2022. São 62,95 a cada 100 mil homens. Em todo o mundo, conforme o Ministério da Saúde, também é o segundo tipo mais frequente, com 75% ocorrendo em homens com idade superior a 65 anos. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que fica embaixo da bexiga e tem o tamanho de uma noz, podendo ser maior em homens mais velhos.
Por motivos culturais ou outros, como a alegação de falta de tempo ou o receio de descobrir alguma doença, muitos homens deixam de realizar consultas e exames de rotina. Especialista em Urologia, o Dr. Fábio Scarpa e Silva, de Cascavel, afirma que os homens devem procurar o urologista uma vez por ano, para fazer uma triagem, um check-up, para o câncer de próstata, uma vez que a doença não costuma provocar sintomas na fase inicial, quando as chances de cura são maiores. “Com base em estudos epidemiológicos, recomenda-se que essa avaliação seja feita a partir dos 50 anos de idade ou, caso existam fatores de risco para a doença, como histórico de familiares de primeiro grau acometidos, dos 45 em diante”, afirma.
História clínica, exame físico e PSA
Ele explica que o diagnóstico é feito por meio da história clínica, exame físico, no qual o toque retal é fundamental, para avaliação do tamanho, forma e textura da próstata, e exames complementares, especialmente o PSA, cuja sigla vem de Prostate Specific Antigen, antígeno específico da próstata, uma proteína produzida pelo tecido prostático, cujos níveis no sangue podem se alterar quando existe alguma doença.
“Ainda há muito descuido do homem com sua saúde. E o câncer de próstata é a maior prova disso. Mesmo tendo mais de 90% de chance de cura quando diagnosticado em suas fases iniciais, o que somente é possível fazendo os exames periodicamente, ainda é o segundo que mais mata na população masculina, ou seja, a quantidade de homens que passam pelos exames rotineiramente ainda é muito abaixo do que deveria”, diz, acrescentando que diversos fatores podem ser responsáveis por esse fato, como, por exemplo, a tendência do homem em se preocupar muito mais com seus familiares do que consigo mesmo. “Mas, certamente, o preconceito é o maior deles, principalmente devido ao toque retal, que não passa de um exame rápido e indolor”, ressalta.
Em função disso, muitos acabam sendo diagnosticados quando a doença já está em estágios mais avançados. Na fase inicial, tem uma evolução silenciosa. Quando surgem sintomas, os mais comuns são dificuldade para urinar, sangue na urina e diminuição do jato, além de vontade de urinar mais vezes, seja durante o dia ou à noite.
Um levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, em São Paulo, o primeiro do país com atendimento voltado exclusivamente para o público masculino, fundado em 2008, mostrou que 70% dos homens apenas procuram atendimento médico por cobrança dos familiares e, destes, mais da metade adiam a ida para consultas e já chegam com doenças em estágio avançado.
Como é feito o tratamento?
O tratamento para o câncer de próstata, segundo o Dr. Fábio, depende do estadiamento da doença, que determinará sua fase de desenvolvimento, extensão e gravidade. Se for inicial, pode ser realizada cirurgia, seja aberta, laparoscópica ou robótica, ou prescrita radioterapia. Esta pode ser convencional ou braquiterapia, que consiste na emissão de radiação por uma fonte colocada dentro do corpo. “Em casos mais avançados, quando esses tratamentos não são mais eficazes, utiliza-se hormonioterapia e quimioterapia”, informa.
O que pode aumentar o risco?
Fatores como a idade, uma vez que a incidência aumenta após os 50 anos; histórico familiar, como pai e irmão com a doença antes dos 60 anos, por exemplo; excesso de gordura corporal, estilo de vida e hábitos alimentares inadequados, além de agentes químicos, físicos e biológicos relacionados ao trabalho, como produtos de petróleo, e tabagismo, entre outros, aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de próstata. Por isso, é importante adotar uma alimentação mais saudável, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, abandonar o cigarro e praticar atividade física, que ajuda na manutenção do peso corporal correto.
O Dr. Fábio alerta, no entanto, que não é somente o câncer de próstata que merece atenção. O homem deve cuidar da sua saúde como um todo. “Como urologistas, devemos advertir também para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), à saúde sexual, com foco em problemas como impotência e ejaculação rápida, e até mesmo o aumento benigno (inchaço) da próstata, que causa sintomas desconfortáveis, como dificuldade para urinar, incômodo na região da bexiga e necessidade de levantar durante a noite para urinar, entre outros”, conclui.
Dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, mostram que, dos homens brasileiros com idades entre 20 e 59 anos, 34% não estão cadastrados nos serviços de atenção primária à saúde, portanto realizando menos ações preventivas em comparação com as mulheres. Isso se reflete na expectativa de vida: mesmo com o aumento entre os anos de 2000 e 2018, a população masculina ainda vive 7,1 anos menos do que a feminina.
Testes e exames que devem ser regularmente realizados estão entre os cuidados necessários à saúde do homem. São eles o hemograma completo, dosagem de glicemia e colesterol, exame de urina e verificação da pressão arterial. Também é importante manter a carteira vacinal atualizada.
Atenção Integral
Em 2021, foi regulamentada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Desenvolvida pelo MS a partir de cinco eixos temáticos, tem o objetivo de promover ações de saúde levando em conta a realidade masculina nos seus contextos socioculturais e político-econômicos, assim como os níveis de desenvolvimento dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão, contribuindo para a diminuição da morbidade e da mortalidade.
De acordo com a pasta, a proposta foi elaborada com a participação de gestores do SUS, representantes da sociedade civil e das sociedades científicas, pesquisadores, acadêmicos e agências de cooperação internacional.
Os eixos são os seguintes: acesso e acolhimento; saúde sexual e saúde reprodutiva; paternidade e cuidado; doenças prevalentes na população masculina, e prevenção de violências e acidentes.
Em função disso, muitos acabam sendo diagnosticados quando a doença já está em estágios mais avançados. Na fase inicial, tem uma evolução silenciosa. Quando surgem sintomas, os mais comuns são dificuldade para urinar, sangue na urina e diminuição do jato, além de vontade de urinar mais vezes, seja durante o dia ou à noite.
Um levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, em São Paulo, o primeiro do país com atendimento voltado exclusivamente para o público masculino, fundado em 2008, mostrou que 70% dos homens apenas procuram atendimento médico por cobrança dos familiares e, destes, mais da metade adiam a ida para consultas e já chegam com doenças em estágio avançado.
Como é feito o tratamento?
O tratamento para o câncer de próstata, segundo o Dr. Fábio, depende do estadiamento da doença, que determinará sua fase de desenvolvimento, extensão e gravidade. Se for inicial, pode ser realizada cirurgia, seja aberta, laparoscópica ou robótica, ou prescrita radioterapia. Esta pode ser convencional ou braquiterapia, que consiste na emissão de radiação por uma fonte colocada dentro do corpo. “Em casos mais avançados, quando esses tratamentos não são mais eficazes, utiliza-se hormonioterapia e quimioterapia”, informa.
O que pode aumentar o risco?
Fatores como a idade, uma vez que a incidência aumenta após os 50 anos; histórico familiar, como pai e irmão com a doença antes dos 60 anos, por exemplo; excesso de gordura corporal, estilo de vida e hábitos alimentares inadequados, além de agentes químicos, físicos e biológicos relacionados ao trabalho, como produtos de petróleo, e tabagismo, entre outros, aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de próstata. Por isso, é importante adotar uma alimentação mais saudável, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, abandonar o cigarro e praticar atividade física, que ajuda na manutenção do peso corporal correto.
O Dr. Fábio alerta, no entanto, que não é somente o câncer de próstata que merece atenção. O homem deve cuidar da sua saúde como um todo. “Como urologistas, devemos advertir também para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), à saúde sexual, com foco em problemas como impotência e ejaculação rápida, e até mesmo o aumento benigno (inchaço) da próstata, que causa sintomas desconfortáveis, como dificuldade para urinar, incômodo na região da bexiga e necessidade de levantar durante a noite para urinar, entre outros”, conclui.
Dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, mostram que, dos homens brasileiros com idades entre 20 e 59 anos, 34% não estão cadastrados nos serviços de atenção primária à saúde, portanto realizando menos ações preventivas em comparação com as mulheres. Isso se reflete na expectativa de vida: mesmo com o aumento entre os anos de 2000 e 2018, a população masculina ainda vive 7,1 anos menos do que a feminina.
Testes e exames que devem ser regularmente realizados estão entre os cuidados necessários à saúde do homem. São eles o hemograma completo, dosagem de glicemia e colesterol, exame de urina e verificação da pressão arterial. Também é importante manter a carteira vacinal atualizada.
Atenção Integral
Em 2021, foi regulamentada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Desenvolvida pelo MS a partir de cinco eixos temáticos, tem o objetivo de promover ações de saúde levando em conta a realidade masculina nos seus contextos socioculturais e político-econômicos, assim como os níveis de desenvolvimento dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão, contribuindo para a diminuição da morbidade e da mortalidade.
De acordo com a pasta, a proposta foi elaborada com a participação de gestores do SUS, representantes da sociedade civil e das sociedades científicas, pesquisadores, acadêmicos e agências de cooperação internacional.
Os eixos são os seguintes: acesso e acolhimento; saúde sexual e saúde reprodutiva; paternidade e cuidado; doenças prevalentes na população masculina, e prevenção de violências e acidentes.