A Secretaria da Saúde do Paraná vem realizando um trabalho de barreira sanitária contra o vírus da febre amarela silvestre e apresenta ampliação de cerca de 6% no número de pessoas imunizadas pela vacina. A cobertura vacinal passou de 75,84%, em 2018, para 81,7%, em 2019.

“Conseguimos antecipar os possíveis corredores de circulação que o vírus faria no período atual e intensificamos a vacinação nas regiões; com isso montamos uma barreira no sentido do controle e da prevenção”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

O trabalho envolveu equipes da Vigilância Ambiental da Sesa, com apoio do Ministério da Saúde e parceria dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, e percorreu áreas de matas e propriedades rurais em sete municípios das regiões metropolitana de Curitiba e de Ponta Grossa. A ação de campo, além de traçar a rota do vírus, também levou orientação e a vacina até a população.

“O Paraná montou uma barreira sanitária e, uma situação que poderia ser catastrófica, totalizou 17 casos confirmados e um óbito, sendo que o homem que morreu, em março de 2019, em Morretes, chegou a ser abordado pelas equipes, mas se negou a receber a vacina”, disse o secretário.

O último caso confirmado de febre amarela em humanos no Paraná ocorreu no início de maio do ano passado, em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba.

Macacos

Para fazer o estudo de antecipação do trajeto do vírus no Estado, a Vigilância detectou, entre outros fatores, a morte de macacos por contaminação da febre amarela. Da mesma forma que o homem, o macaco é infectado pela picada do mosquito transmissor do vírus, adoece e morre. Estas mortes são chamadas de epizootias.

O Paraná teve de julho de 2019 até o momento 33 epizootias confirmadas para febre amarela e 93 seguem em investigação.

Vacina

“O assunto vacinação é muito importante sempre. Temos insistido na fala de que vacinar é um ato de amor, de solidariedade humana; a febre amarela é prevenível, nós temos a vacina. Uma vacina de boa qualidade, com eficácia superior a 95%, e que está disponível nas unidades básicas de saúde. Temos salas de vacinação em todos os municípios paranaenses”, confirma o secretário.

O público-alvo para a vacinação são pessoas a partir de nove meses de vida a 59 anos. As pessoas acima de 60, com indicação médica, também podem receber a dose.
 



Fonte: Sesa

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