O boletim mais recente elaborado pela Secretaria da Saúde do Paraná sobre febre amarela registra dois novos casos da doença no Paraná, desta vez em Adrianópolis, na Região Metropolitana de Curitiba. O município faz divisa com o Estado de São Paulo, onde a doença vive um surto desde o ano passado. Um deles, inclusive, está internado na capital paulista; o outro apresenta uma forma mais leve da febre e está sendo tratado em Adrianópolis. 

Os dois novos casos confirmados se somam ao primeiro registrado em Antonina, no final de janeiro. O jovem de 21 anos foi internado no Hospital Regional de Paranaguá e já foi liberado. No total, o Paraná investiga a notificação de 38 casos, mas 25 já foram descartados pelos exames de laboratório.

A eclosão de alguns casos de febre amarela já era esperada no Paraná, por sua proximidade com as áreas infestadas pelo mosquito transmissor em São Paulo. Por isso, a Secretaria da Saúde fez vários alertas, desde o ano passado, para que a população procure as unidades de saúde para tomar a vacina contra a doença. Esta é a única forma de evitar a infecção, lembrando que a vacina precisa de dez dias para começar a fazer efeito.

Desde o começo de janeiro, a Secretaria da Saúde do Paraná vem realizando reuniões e capacitação dos agentes de saúde nos municípios, especialmente da 1ª e da 2ª Regionais de Saúde (Curitiba e Litoral), uma vez que são as secretarias municipais as responsáveis pela aplicação da vacina. Alguns municípios, a exemplo de Antonina, intensificaram o alerta à população. 

O Estado disponibilizou lotes extras de vacina para todas as 22 regionais de saúde, que repassaram as doses para os 399 municípios do Paraná. E também recomenda o uso de repelente para evitar mosquitos, especialmente nas áreas de mata, onde proliferam os dois tipos de mosquito transmissores. 

Os sintomas iniciais da febre amarela são febre alta de início súbito, associada a dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dor no corpo e dor abdominal. O problema é que esses sintomas “se confundem com outras doenças como leptospirose, gripe ou dengue”. Esse é um dos motivos para que a população, em primeiro lugar, tome a vacina – disponível em todo Paraná – e, depois, procure atendimento médico aos primeiros sintomas para receber os cuidados necessários. 

“Mas a recomendação é que toda a população do Paraná, entre 9 meses e 59 anos, tome a vacina”, alerta a superintendente de Vigilância em Saúde da SESA, Acácia Nasr. O alerta vale para quem nunca foi imunizado, já que a dose contra febre amarela tem validade permanente.


 
Fonte: SESA

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