Para marcar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro), o IPC (Instituto Paranaense de Cegos), UFPR (Universidade Federal do Paraná) e Uninter promovem o seminário gratuito “Modelo social da deficiência: reflexões, desafios e perspectivas”. Os especialistas vão mostrar que o atual modelo médico é criticado pela Convenção da ONU (Organização das Nações Unidas) Sobre Pessoas com Deficiência e pela Lei Brasileira da Inclusão (LBI), que defendem que ele já se esgotou e precisa ser definitivamente superado, mas ainda é dominante no Brasil. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo 41 3342-6690 (no ramal da Escola Osny Macedo Saldanha) ou no link http://bit.ly/2fdQJD0. O evento acontece das 8h30 às 17h, no auditório da Uninter (rua Luiz Xavier, 103 ou entrada acessível pela Voluntários da Pátria, no 7º andar, em Curitiba). Haverá certificado com carga horária de oito horas, expedido pela UFPR. Para as pessoas surdas, haverá mediação linguística por intérpretes de libras da Uninter.
“O problema começa no modelo médico de avaliação da deficiência visual, que emite um laudo baseado na deficiência como um problema físico, limitador, que exclui e marginaliza. Não vê a deficiência como decorrente da relação entre aspectos biológicos e fatores sociais, econômicos, políticos, entre outros. São laudos não raras vezes usados para segregar, rotular. Se a pessoa não aprende, não é por culpa da cegueira. Não é a cegueira que decide o destino, ela não tira a condição de decisão sobre a vida, ainda que, dependendo da deficiência, haja a necessidade de apoio de outras pessoas para a execução de direitos e deveres, para atuação em sociedade", explica o diretor do IPC, professor Enio Rodrigues da Rosa. Na opinião dele, tanto do ponto de vista teórico como das práticas e metodologias pedagógicas, as perspectivas trazidas pelo Modelo Social e as teorias recentes sobre o assunto abrem horizontes e representam inovações e contribuições importantes nas reflexões críticas sobre a inclusão social das pessoas com deficiência, que poderão resultar em novas políticas e ações em todas as áreas, como educação, saúde, esporte, formação profissional etc.
O evento tem início às 8h, com credenciamento e abertura. “Por um pensar sociológico sobre a deficiência” será a primeira palestra, seguida de debate, ministrada pelo professor e escritor Gustavo Martins Piccolo, doutor em educação especial, especialista em educação física e palestrante nas áreas da sociologia da educação, psicologia histórico-cultural e pedagogia histórico-crítica, entre outros temas. Após o almoço, o diretor do IPC, professor Enio Rodrigues da Rosa, fará a palestra “Teoria vigotskiana sobre o defeito e a supercompensação”. Em seguida será a vez de “Um olhar antropológico sobre a baixa visão”, com o palestrante Manoel Negraes, especialista em sociologia e política e em sócio-psicologia, e mais um debate. O evento termina às 17h.
Seminário apresenta abordagens sociais inovadoras sobre pessoas com deficiência
terça, 19 de setembro de 2017
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